Giovanni Quintalla Bezerra, médico anestesista preso em flagrante por estuproReginaldo Pimenta / Agência O DIA

Rio - As gazes usadas para limpar o rosto da paciente vítima de estupro pelo médico Giovanni Quintella Bezerra, o celular da enfermeira que filmou o crime e as ampolas de sedativos utilizados pelo anestesista durante a cesárea passam por perícia nesta quarta-feira no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, que investiga o crime, chegaram ao local com o material recolhido no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense, na segunda-feira (11).
A perícia vai apontar se as gazes têm material biológico de Giovanni e a quantidade de sedativo aplicado na grávida. Se comprovado a aplicação de doses acima do normal, o anestesista também pode responder por violência obstétrica. Segundo a delegada Bárbara Lomba, titular da Deam (São João de Meriti), as investigações apontam para o uso de doses anormais de sedativos ou do uso sem necessidade no momento do parto para facilitar a prática de estupro nas vítimas, o que também poderia trazer algum risco à paciente. O celular também foi encaminhado ao ICCE para que fosse verificado se as imagens não foram alteradas. 
Investigado por outros casos de estupro
A delegada Bárbara Lomba, responsável pela investigação do caso de estupro disse, na terça-feira (12), que o médico é investigado agora por seis casos similares. De acordo com a titular da DEAM, três vítimas teriam sido abusadas por Giovanni no domingo (10) e outras três procuraram a distrital.
O anestesista está preso desde a madrugada desta segunda-feira (11), quando a Polícia Civil o prendeu em flagrante pelo crime de estupro contra uma paciente. O caso foi flagrado por enfermeiras que desconfiaram do comportamento do médico e deixaram um celular filmando dentro de sala de parto, no Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Alvo de hostilidade em prisão
Na noite desta terça-feira (12), o médico foi transferido para o presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó, após audiência de custódia que transformou a prisão em flagrante para prisão provisória.

Ao dar entrada no presídio, Giovanni foi alvo de hostilidade por parte de outros presos. Por ter ensino superior e direito a uma ala especial, mas acima de tudo por uma questão de segurança, o anestesista foi posto em uma cela individual de 36m², apartado dos outros detentos.