Thaysla Fabiana da Silva Siqueira sob forte emoção durante liberação do corpo de sua mãe Arquivo/Vanessa Ataliba/Agência O Dia
'Não acho que a justiça foi feita', diz filha de vítima de feminicídio em Vargem Grande
Luiz Carlos Ferreira do Nascimento foi preso neste domingo por ser suspeito da morte de Elizabeth Lopes da Silva, de 42 anos
Rio - Após a prisão de Luiz Carlos Ferreira do Nascimento, mais conhecido como "Mineiro" de 37 anos, suspeito da morte de Elizabeth Lopes da Silva, de 42 anos, em Vargem Grande, na Zona Oeste, a família da doméstica segue pedindo justiça.
"Não acho que a justiça foi feita. Daqui a pouco ele sai e a vida dele vai continuar. Minha mãe não fazia mal para ninguém, era trabalhadora. Eu só fiquei um pouco aliviada com a prisão", relatou Thaysla Fabiana da Silva Siqueira, filha da vítima.
Luiz Carlos foi preso na noite deste domingo (17), acusado de matar a ex-companheira e esconder o corpo dentro de um poço dentro de casa, em Vargem Grande, Zona Oeste da cidade. Ele foi encontrado por agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) em uma casa do bairro.
Np sábado (16), o Disque Denúncia havia divulgado um cartaz para ajudar nas buscas por Luiz Carlos. O corpo de Elizabeth foi encontrado na quinta-feira (14), pela própria filha, após ela pedir para um homem abrir o poço da casa de Mineiro.
A doméstica estava desaparecida desde 4 de julho, depois de se encontrar com o ex-companheiro. De acordo com familiares, o suspeito disse à família, durante as buscas, que a mulher havia ido até sua casa terminar o relacionamento. Depois disso, ela teria pego uma van e ido embora.
Lucilene Lopes, ex-cunhada e prima de Elizabeth, lembrou que, desde o momento em que conheceu o suspeito, percebia ele muito quieto, agindo de modo estranho. "Eu sempre achei ele uma pessoa muito estranha, não era muito sociável. As poucas vezes que fui na casa dele, ele se escondeu. Não gostava muito de conversar. Desde o início, eu sabia que ele tinha tentado alguma coisa com ela. Inclusive, falei para irmos até a casa dele, procurar no mato, dentro da casa. Já tinha pressentimento ruim em relação a ele", disse durante a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).
O corpo de Elizabeth está sendo levado para ser sepultado em Pernambuco, onde nasceu. As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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