Yan foi preso por agentes do Segurança Presente e levado para a 16ª DP (Barra)Reprodução/Redes Sociais
Segundo o Programa Segurança Presente, agentes do Recreio Presente participaram da prisão, que ocorreu na Avenida Lúcio Costa. Yan foi encaminhado para a 16ª DP (Barra da Tijuca). Em nota, a Polícia Civil informou que o mandado foi cumprido na distrital. Na publicação, o MC diz que Yan foi preso pela primeira vez em 2018, quando policiais invadiram a casa onde ele morava com a família, na comunidade do Serrão, em Santa Rosa, no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
A decisão pela condenação afirma que em 25 de fevereiro de 2018, o jovem guardava, para fins de tráfico, 28g de maconha, distribuídos em 19 papelotes, 11g de cocaína, armazenados em 25 unidades de recipiente plástico; além de um rádio transmissor. O documento diz ainda que Yan resistiu à prisão e agiu com violência contra as equipes. Na ocasião, o caso foi registrado pela 77ª DP (Icaraí). Também de acordo com decisão, o crime foi "devidamente evidenciado" pelo auto de prisão em flagrante; laudo de exame de entorpecente; registro de ocorrência; autos de apreensão; laudo de exame de descrição de material; e pela prova oral colhida, em especial os depoimentos dos policiais militares.
Em depoimento, um dos PMs que participaram da ação disse que não trocou tiros com o jovem, mas que as equipes entraram em confronto com criminosos. Ele relatou que no momento dos disparos, Yan correu para dentro da própria casa e ressaltou ainda que nenhuma arma foi encontrada com ele. Um outro policial também relatou que familiares do acusado estavam na residência, e que quando chegou ao local, o rádio transmissor que estava desligado já havia sido encontrado.
O mesmo militar também declarou que encontrou no quarto que seria do preso, uma sacola com drogas em cima do armário. De acordo com a oitiva, Yan teria negado que seria traficante e que as drogas eram suas, mas não soube explicar o porquê dos entorpecentes estarem no local. O policial chegou a dizer que perguntou se alguém teria pedido para que ele guardasse o material, mas ele não teria respondido.
Já o depoimento de um familiar do cantor afirma que o rádio transmissor teria sido colocado pelos PMs que entraram na casa. A testemunha diz que havia mexido na gaveta do guarda-roupa de Yan pouco antes de o equipamento ter sido encontrado no mesmo local. Mas, segundo ela, o objeto não estava lá antes. O relato também dá conta de que um dos policiais teria dito que só iria conversar com o jovem e dependendo da conversa, ele não seria preso.
No momento em que o rádio foi encontrado, Yan teria se assustado e perguntado à testemunha sobre a procedência dele. "Eles não falaram por que eles estavam entrando ali; que eu em nenhuma vez soube da participação do Yan no tráfico, em nenhuma vez eu 'vi ele' lá participando de tráfico, a única coisa que já vi, que já presenciei, foi ele fumando a maconha dele; que ele é usuário, como eu falei para os policiais" afirmou a testemunha.
Em juízo, o jovem negou ter envolvimento com o tráfico de drogas e alegou que estava dormindo quando foi acordado pelos PMs, que o acusaram de ser "frente da comunidade". Ele também disse que as drogas não pertenciam a ele, mas que foram encontradas depois que um militar ficou por um tempo sozinho no quarto. Yan também negou que tenha corrido de um tiroteio e afirmou que estava o tempo todo em casa. Mas, a decisão entendeu que "a versão do acusado de que a droga e o rádio apreendidos não lhe pertenciam, não encontra amparo em qualquer elemento integrante do mosaico probatório, restando completamente isolada e dissociada das demais provas dos autos".
A defesa também alega que no caso "há uma flagrante nulidade que não foi reconhecida, eis que os policiais militares adentraram o domicílio de Yan sem qualquer ordem judicial para tanto, e mesmo assim, ele foi condenado como se traficante fosse. Não bastasse isso, vinha recorrendo em liberdade de tal injustiça e por um erro do judiciário teve seu direito de recorrer cerceado. Agora segue preso e entregue a própria sorte, aguardando por 'justiça'", completou o advogado.
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