Emerson Barreto da Silva, suspeito de pertencer à milícia de Nova Iguaçu, foi preso por agentes do Gaeco/MPRJ em parceria com policiais da 58ªDPReprodução

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), em parceria com a Polícia Civil, através da 58ª DP (Posse), prendeu, nesta quinta-feira (11), Emerson Barreto da Silva, miliciano que atua em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A prisão foi cumprida em operação contra ele e mais um miliciano que atua na mesma quadrilha. Diego Gutierrez Gonçalves, contudo, ainda não foi encontrado e está foragido.
Ambos tiveram a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital por supostamente integrarem um grupo criminoso constituído sob a forma de milícia privada, cometendo delitos como extorsões a comerciantes no bairro de Miguel Couto. A operação, que conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados e a outros participantes do esquema criminoso.
Os indícios dos crimes foram obtidos a partir de depoimento de vítimas e da quebra do sigilo dos dados do celular do miliciano Wanderson Lopes Pereira dos Santos, conhecido como PQD, preso em flagrante em outubro de 2021. Os comerciantes da região relataram e atestaram, por meio de transferências bancárias para as contas dos denunciados, que eram obrigados a pagar, todo dia 22 de cada mês, a quantia de R$ 500 aos denunciados e ao grupo criminoso do qual fazem parte, sob a ameaça de terem seus comércios fechados, o que foi confirmado nas conversas extraídas do celular de PQD.
Além da extorsão, os dois denunciados atuavam como 'justiceiros' na localidade, intimidando moradores que, supostamente, teriam cometido algum crime, e usando, inclusive, roupas da Polícia Civil para realizar a abordagem das vítimas.
Em uma das ocasiões, Diego e Emerson, ao lado de dois indivíduos ainda não identificados, intimidaram um morador da região a ingressar no veículo em que se encontravam, sob o argumento de que ele teria agredido uma vizinha. Sob a alegação de que seriam policiais e levariam o morador para a delegacia, os denunciados somente não levaram o morador porque seu filho entrou em contato com a Polícia Militar, oportunidade em que o grupo criminoso deixou o local.
Em outra oportunidade, Diego, afirmando pertencer à milícia local, ingressou em um comércio, ameaçando seu dono e seu funcionário, dizendo que, caso não recebesse a quantia de R$ 500, fecharia o comércio de ambos e invadiria suas casas.