Ao todo foram apreendidos 16 fuzis e três espingardas, além de carregadores, munição e um radiotransmissorDivulgação
O bairro onde as armas foram encontradas é o mesmo em que o ‘caveirão da milícia’ foi apreendido na última terça-feira (23). De acordo com o delegado da Draco, André Leiras, a apreensão é fruto de investigações e foi seguida de operações sucessivas que ocorrem desde o fim de semana.
“Não podemos esquecer que na operação de sábado que morreram criminosos conhecidos como Delsinho e Fofo também foram apreendidos três fuzis e duas pistolas, então tem que somar, porque é a mesma milícia. Foram operações sucessivas, morte das lideranças, apreensão do carro-forte e dos fuzis de ontem. Fizemos um cálculo de que as armas equivalem a R$ 1,3 milhão”, explicou.
Fuzis apreendidos do bando do miliciano Tandera equivalem a R$ 1,3 milhão. #ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 26, 2022
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A morte das lideranças citada pelo delegado André Leiras ocorreu durante um confronto entre os milicianos e a Polícia Civil em Nova Iguaçu, na Baixada, no último sábado (20). Na ação foram mortos o irmão de Tandera, Delson de Lima Neto, o Delsinho e Renato Alves Santana, o Fofo, que ocupa a terceira posição no grupo paramilitar. Além dos suspeitos identificados como Tizil e Neguinho, que atuavam na segurança de Delsinho.
Em relação ao carro-forte, a polícia tenta identificar o proprietário e a origem do veículo. Considerado uma espécie de ‘caveirão da milícia’, ele era utilizado em áreas de risco, para chegar ao ponto de confronto de maneira rápida e segura e em confrontos com milicianos rivais e traficantes. Além de ser usado também como forma de intimidação. O veículo foi encaminhado a Cidade da Polícia, onde passou por perícia na última quarta-feira (24).
De acordo com a Civil, Danilo Dias é o miliciano mais procurado do Rio, ele traz tatuado no peito o olho de tandera, símbolo dos Thundercats, e de acordo com informações obtidas pela corporação, seus principais aliados fizeram o mesmo desenho na pele. O criminoso é conhecido por seu comportamento extremamente violento. Ele faz questão de estar à frente de invasões em áreas dominadas por quadrilhas rivais. Anda sempre com um fuzil e na companhia de diversos seguranças.
Operação contra grupo rival
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MPRJ) realizaram uma operação, nesta quinta-feira (25), para cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra milicianos da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atuam na Zona Oeste e na Baixada Fluminense, grupo rival da milícia comandada por Tandera. Na ação, oito criminosos foram presos.
Zinho, lidera a milícia conhecida como Liga da Justiça desde a morte do seu irmão, o traficante Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho de 2021. Ele domina a área de Santa Cruz, Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e regiões da Baixada Fluminense. Enquanto Tandera domina as regiões de Seropédica e Itaguaí, na Região Metropolitana e outros pontos da Baixada, como o Bairro K-32, em Nova Iguaçu.
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