Desde 23 de julho, a doença é reconhecida como uma emergência de saúde globalDivulgação

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou que, até esta quinta-feira (1º), foram confirmados 714 casos e um óbito pela varíola dos macacos (monkeypox) no Rio de Janeiro. Além disso, são 74 pacientes são tratados como casos prováveis, ou seja, estão com exame inconclusivo ou não coletado. Outros 909 casos foram descartados e 480 estão em investigação. Em todo o estado são 2.177 casos notificados. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 15h18.
Dos casos confirmados, 93,8% são pessoas do sexo masculino, 670, e 6,2% de mulheres, 44. A predominância dos casos, 515, está na faixa etária dos 20 ao 39 anos.
A Região Metropolitana I segue com o maior número de casos, 593. A Região Metropolitana II registrou 84, a Baixada Litorânea, nove, a Serrana, cinco, a Região Norte e Médio Paraíba, três, e a Noroeste, dois.
Na segunda-feira (29), o estado do Rio de Janeiro confirmou a primeira morte pela varíola dos macacos. O paciente, um homem de 33 anos, apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravaram o quadro da doença. Ele estava internado no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Sintomas: SP registra conjuntivite associada à doença
Além de sintomas de febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares e aparecimento de lesões cutâneas, manifestações oculares também podem estar atreladas à varíola dos macacos. Na semana passada, o H.Olhos, referência em oftalmologia na capital paulista, identificou o primeiro caso de paciente com confirmação para a doença a partir de exame de coleta ocular. Um profissional de saúde, de 30 anos, que preferiu não se identificar, começou a apresentar também irritação ocular e lacrimejamento, quadro semelhante a uma conjuntivite.
"Esse paciente teve positividade para lesões em região inguinal e para lesões oculares. Comparamos as amostras coletadas em laboratórios diferentes e ambos identificaram uma concentração de carga viral elevada para a monkeypox. Ou seja, conseguimos correlacionar que os pacientes que têm lesões com positividade para exames cutâneos podem apresentar positividade para exames oftalmológicos, e daí, o exame do olho passa a ser também um exame de diagnóstico para a doença", acrescentou Pedro Antônio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos.
No Rio, os casos confirmados por sinais e sintomas são, em sua grande maioria, através da erupção cutânea, 643, e febre de início súbito, 413. A confirmação por meio da conjuntivite aconteceu em 11 casos.