Parentes e amigos participam de velório de Loham Pinheiro, de 30 anos, nesta quinta-feira, no Cemitério Municipal de Nova IguaçuReginaldo Pimenta/Agência O Dia
"Tentaram colocar o moleque como ladrão, mas ele é trabalhador e sempre foi. Hoje ele deixa uma filha, deixa família e amigos. Estão todos aqui. A história se inverteu, o vagabundo dessa vez é o policial que cometeu esse assassinato. (...) A justiça vai ser feita. A gente quer justiça pelo Loham", disse Edson, amigo de infância de Loham, que deixou mulher e uma filha de 6 anos.
Segundo versão de familiares, Loham voltava para casa após comprar um lanche para a namorada, quando foi baleado duas vezes pelas costas por um PM de folga. Mesmo atingido, ele conseguiu pilotar a moto até em casa e pedir socorro. O mecânico chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.
Amigos e parentes pedem justiça por Loham Pinheiro, de 30 anos, que morreu após ser baleado duas vezes por PM.
— Jornal O Dia (@jornalodia) September 8, 2022
Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia#ODia pic.twitter.com/2E8Sc27XrR
Versão do PM
A versão do policial militar coloca Loham como criminoso. De acordo com o PM Renan Leite Santos, lotado no Batalhão de Botafogo, o mecânico e outros dois criminosos teriam tentado praticar um assalto contra ele. Contudo, testemunhas indicam que a vítima não estava armada e que foi atingida pelas costas, sem chance de defesa.
A dinâmica apresentada pela Polícia Militar foi a mesma dada por Renan Leite de que ele teria reagido a uma tentativa de assalto e baleado os três homens. O caso foi registrado na 58ª DP (Posse), que investiga o caso.
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