Renato Couto foi assassinado depois de uma discussão no ferro-velho, na Praça da Bandeira, Zona NorteRede Social
Segundo as investigações, Renato Couto foi assassinado depois de uma discussão no estabelecimento. Após ser baleado, ele teria sido colocado dentro de uma van da força militar e seu corpo jogado no Rio Guandu. O perito teria sido arremessado de uma ponte, próximo ao bairro de Engenheiro Pedreira.
Os acusados identificados como os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, além do cabo Daris Fidelis Motta e o pai de Bruno, Lourival Ferreira de Lima foram presos e indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver ainda em maio deste ano. Pai e filho eram donos do ferro-velho.
A irmã do policial relatou ao DIA que os acusados tentam relaxamento de prisão, mas que a defesa não deixará que isso aconteça.
Débora e o irmão eram muito ligados, conforme relatou desde o ocorrido, ela considerava sua outra metade. "Meu irmão era minha outra metade. Ele era família 24 horas, era o pilar da nossa família, era ele quem dava o sustento para a minha mãe. Eu falava com ele no telefone todos os dias. A minha filha mais velha é afilhada dele”, lamentou.
Relembre o caso
De acordo com a irmã do perito, a discussão no ferro-velho iniciou após Renato ir até o local para saber sobre objetos de metal dele, que faziam parte de uma obra na Mangueira, na Zona Norte, que tinham sido furtados por usuários de crack e vendidos para esse ferro-velho.
Ele teria sido instruído pelo dono do local a retornar em outro horário, ocasião em que foi baleado e colocado dentro de uma van. O veículo pertencia à Marinha, e teria sido levado para um quartel após a desova do corpo. Dentro da unidade militar, a van teria sido ainda lavada. Um vídeo divulgado ans redes sociais mostra o momento de uma suposta discussão entre o papiloscopista e o dono do ferro-velho.
Legenda: Vídeo de suposta discussão entre policial morto e dono de ferro-velho será periciado
— Jornal O Dia (@jornalodia) May 16, 2022
Crédito: Reprodução#ODia pic.twitter.com/Gy91BMUYsl
Investigação conjunta das equipes das Delegacias de Homicídios, 18ªDP (Praça da Bandeira) e IIFP (onde o agente era lotado) constatou que o policial teve uma desavença dentro do estabelecimento. Pai e filho, donos do ferro-velho, com os outros dois comparsas, utilizaram a viatura oficial militar para raptar e matar o policial. A polícia ainda não forneceu mais detalhes sobre a dinâmica do crime.
Em nota, a Marinha se solidarizou com os familiares do policial e informou que abriu um inquérito militar para apurar as circunstâncias do crime.
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