As imagens teriam sido gravadas nesta sexta-feira (23) após um protesto depois que um suspeito foi baleado durante uma operação na localidade Reprodução

Rio- Policiais do Batalhão de Operações Especiais foram flagrados agredindo mototaxistas na comunidade do Morro do 18, em Água Santa, na Zona Norte. As imagens teriam sido gravadas nesta sexta-feira (23) após um protesto depois que um suspeito foi baleado durante uma operação da PM na localidade.

Pelas imagens, é possível ver os mototaxistas sendo ‘encurralados’ em uma parede e sendo agredidos por socos e pontapés. Segundo informações das redes sociais, o protesto teria sido ordenado por traficantes locais, que também mandaram fechar comércios e igrejas.

A Polícia Militar informou nesta sexta (23) que agentes do Bope, com apoio do Grupamento Aeromóvel (GAM) para monitoramento aéreo e de PMs do 9ºBPM (Rocha Miranda) atuaram nas comunidades Morro do Fubá, Saçu e Caixa D'Água, entre os bairros de Campinho, Cascadura, Piedade e Quintino, também na Zona Norte para coibir conter o confronto entre milicianos do grupo ‘Tico e Teco’ e traficantes do Comando Vermelho pelo domínio do Morro do Fubá.

No início da tarde, as equipes policiais foram atacadas por indivíduos efetuando disparos de arma de fogo e ocorreu reação. Após cessar a situação, um indivíduo foi encontrado ferido e uma pistola foi apreendida. O socorro foi feito ao Hospital Municipal Salgado Filho. As equipes policiais ainda intervieram em uma breve tentativa de fechamento da Rua Clarimundo de Melo após o suspeito ser baleado.
Procurada, a Polícia Militar ainda não prestou esclarecimentos sobre as agressões.

Briga por território

O Morro do Fubá era chefiado pela milícia do 'Tico e Teco', comandada por Leonardo Luccas Pereira, o 'Leleo' ou 'Teco', mas foi invadido pelo Comando Vermelho, em janeiro deste ano, liderado pelo gerente do Morro do 18, Rafael Cardoso do Valle, o 'Baby', depois que as milícias do Campinho e do Morro do Fubá foram traídas por um ex-integrante. Agora, os traficantes dominam a parte alta da comunidade, mas a parte baixa segue sendo comandada pelos paramilitares. Desde então, os criminosos vivem uma guerra pelo controle total da região.