Douglas de Paula Pamplona, de 22 anos, e Jhonatan Alef Gomes, de 28, desapareceram no dia 12 de agosto, em Nova Iguaçu, Baixada FluminenseReprodução/Redes sociais

Rio - Familiares dos dois últimos jovens desaparecidos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, aguardam há 45 dias o resultado da perícia dos restos mortais encontrados no Rio Capenga, no mesmo município. No entanto, a angústia para saber onde estão Douglas de Paula Pamplona, de 22 anos, e Jhonatan Alef Gomes, de 28, completa três meses na próxima quarta-feira (12).
Segundo a delegada responsável pelas investigações na Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF), Ana Carolina Lemos de Medeiros, os despojos seguem em análise no Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) e não houve nenhum retorno desde então.
Douglas e Jhonatan desapareceram no dia 12 de agosto, junto com outros dois amigos, que já tiveram os corpos encontrados no Rio Capenga e identificados. São eles: Matheus Costa da Silva, 24 anos, e Adriel Andrade Bastos, 24. No entanto, as buscas no rio terminaram antes que Jhonatan e Douglas também fossem localizados.
A mãe de Douglas, Elaine Paula, esteve na DHBF em busca de novas informações na última semana e contou ao DIA que as buscas só podem retornar se houver alguma nova denúncia. Além disso, o inquérito, segundo Elaine, foi passado para o grupo de investigação de homicídios, que fica na mesma delegacia, mas em andar diferente.
"Nunca mais vou ter uma vida sem angústia, arrancaram uma parte de mim , sinto dor na alma de saudade do meu filho, não tem um dia que eu não me sinto angustiada. Não estou sabendo lidar com o que aconteceu. É muito desesperador saber que nunca mais vou poder abraçar o meu filho", disse a mãe de Douglas, que perde todos os dias um pouco da esperança de encontrá-lo com vida. 
Filho de Douglas ainda não sabe do desaparecimento
No último dia 5, o filho de 4 anos de Douglas fez aniversário e não teve a presença na festa preparada pelos familiares. Elaine lembra do quanto foi difícil viver esse momento. "Muito triste o primeiro aniversário dele sem o pai. Ele pergunta por ele a todo momento, mas ainda não tivemos coragem de contar. A esperança de encontrá-lo com vida sempre foi maior, mas nesse momento a esperança se transforma em pavor de que nunca mais vamos vê-lo", desabafa.
Ao ser questionada pela criança sobre a ausência do pai, a mãe de Douglas diz que ele está trabalhando. "Eu não consigo responder, só digo que ele está trabalhando. Douglas sempre foi um pai muito amoroso e nunca deixou faltar nada para o filho dele.
Já a família de Jhonatan confessou, em reportagem no último dia 19, que já perdeu as esperanças de encontrá-lo com vida. "Na verdade, não estamos nem tendo esperanças de encontrá-lo", lamentou o irmão da vítima, Adilson Gomes Francisco. Assim como Douglas, Jhonatan também tem um filho pequeno, de cinco anos.
Por meio de nota, a Polícia Civil voltou a afirmar que as investigações prosseguem e estão sob sigilo. Diligências continuam para esclarecer todos os fatos. Questionada se o IPPGF deu um prazo para entregar o resultado, a delegada Ana Carolina disse que não foi dado uma data específica.