Demetrio foi preso por chefiar organização criminosa na especializada que comandavaReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - A Justiça do Rio adiou para o próximo dia 23 de novembro a nova rodada de audiências do processo contra o delegado Maurício Afonso Demétrio, preso desde junho de 2021 acusado de chefiar esquema de cobrança de propina a comerciantes de Petrópolis, Região Serrana do Rio. A coleta dos depoimentos estava marcada para esta terça-feira (18), mas foi adiada a pedido da defesa do ex-titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), que recém assumiu o caso.

De acordo com a decisão, o ex-braço-direito do delegado Adriano Santiago da Rosa, que também atuava na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), é um do envolvidos no caso e será ouvido pelo tribunal da 1ª Vara Criminal Especializada do TJRJ.
Demétrio está preso desde o dia 30 de junho, quando foi alvo da Operação Carta de Corso, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). O delegado cumpre prisão preventiva na Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó, em Bangu. 
De acordo com a investigação, Demétrio chefiava um esquema de cobrança de propina de comerciantes da Rua Teresa, em Petrópolis. Além do delegado, outras seis pessoas foram presas, entre elas, o policial civil Adriano Rosa. Os agentes apuraram que em vez de reprimir a "pirataria" os acusados praticavam o crime ao exigir que os lojistas pagassem para manter a venda dos produtos falsificados.
O grupo criminoso, segundo a operação, era dividido em dois núcleos, sendo o principal responsável pela arrecadação dos recursos. Com esses recursos, o delegado manteria um padrão de vida incompatível com seu cargo e os recursos dessa posição.
Esse não é o único processo envolvendo o delegado, ele também é investigado por supostamente ter fraudado uma operação contra um fabricante de roupas piratas. A operação resultou na prisão do delegado Maurício Machado que, à época, investigava Demétrio.
Na ação que terminou com a prisão de Demétrio, os agentes encontraram cerca de R$ 240 mil em espécie na residência do agente, além de três carros de luxo, que foram a leilão recentemente após determinação do TJRJ

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