Vídeo mostra momento em que agente da lei chega ao hospitalReprodução/Redes sociais

Rio - O cabo da Polícia Militar Fábio Alves de Almeida, de 35 anos, morreu na madrugada deste sábado (5), após ser baleado na cabeça ao reagir a um assalto no Viaduto dos Marinheiros, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio. Ele foi ferido na noite de sexta-feira (4) por criminosos e estava internado em estado grave no Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio. 
Fábio era lotado na Coordenadoria do Programa Estadual de Integração na Segurança, o CPROEIS, e ingressou na corporação no ano de 2011. Ele deixa mulher e um filho de três anos.
Segundo a PM, equipes do 4° BPM (São Cristóvão) foram acionadas para uma ocorrência de tentativa de assalto a um policial militar que estava de folga. O agente reagiu à abordagem dos criminosos e trocou tiros. Um dos assaltantes, identificado como Wagner Silva Souza, foi baleado e morreu no local do confronto. O policial foi ferido com um tiro na cabeça e socorrido por colegas de farda, mas não resistiu e morreu.
O enterro será realizado neste domingo (6) às 13h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. A perícia foi feita no local e diligências seguem em busca de informações que ajudem a esclarecer o caso.
Em nota, a corporação lamentou a morte do PM. Em um vídeo publicado nas redes sociais é possível ver o momento exato que o PM dá entrada na unidade de saúde. Veja o vídeo:
Zona Norte registra 110 tiroteios no mês de outubro
Segundo o relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado, a Zona Norte somou 110 tiroteios no mês de outubro. Há nove meses seguidos a Zona Norte tem sido a região do Grande Rio com mais tiroteios. Somente em outubro, a região concentrou 42% do total de tiroteios ocorridos em toda a região metropolitana. Ao todo, houve 13 roubos/tentativas de roubo que terminaram em tiros na Zona Norte. Sete pessoas foram mortas e três ficaram feridas durante estes casos.

Foram 36 tiroteios durante ações policiais na Zona Norte, que provocaram a morte de nove pessoas e deixaram outras 20 feridas.

Para Maria Isabel Couto, diretora de programas do Instituto Fogo Cruzado, esses casos revelam a rotina de medo com a qual moradores da Zona Norte estão há anos familiarizados. "Vemos diariamente casos de pessoas perdendo a vida em assaltos, em ações policiais e em ataques a tiros. Isso tem sido um problema constante para os moradores da Zona Norte e não pode ser assim. O Rio de Janeiro carece de política pública de segurança voltada para a preservação da vida e baseada em dados. Esse é o caminho para que a população deixe de ser refém da violência armada", afirma.