Ele deixou esposa e duas filhasReprodução/Redes Sociais

Rio - A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quinta-feira, um dos homens suspeitos de envolvimento na morte de Bruno Gomes Valentim Costa, de 41 anos, que foi assassinado ao tentar defender a mulher em um assalto no último dia 19. O caso aconteceu em frente à estação de metrô do bairro Colégio, Zona Norte do Rio, onde a mulher de Bruno o aguardava chegar do trabalho.

De acordo com a equipe do 9º BPM (Rocha Miranda), responsável pela prisão, Antônio Carlos de Oliveira Adão é apontado como um dos envolvidos no crime. Ele foi preso após ser ferido durante um confronto com equipes do batalhão que faziam operação nas comunidades do complexo de favelas do Faz Quem Quer.

Os PMs realizavam a retirada de barricadas nas comunidade, quando foram atacados por criminosos. Após cessar o confronto, Antônio foi encontrado ferido. A equipe realizou a consulta do nome do preso e identificou o envolvimento na morte de Bruno.

O suspeito foi levado ferido para o Hospital Estadual Carlos Chaga, em Marechal Hermes, onde segue internado sob custódia da PM.

Na operação da PM, que também teve incursões nas comunidades do Congonha, Cajueiro, Palmeirinha e Jorge Turco, ainda foram presos outros dois suspeitos. Com eles, os policiais do 9º BPM apreenderam um fuzil, duas pistolas e grande quantidade de droga.
Suspeito foi preso durante ação da PM para remoção de barricadas no complexo do Faz Quem Quer - Divulgação
Suspeito foi preso durante ação da PM para remoção de barricadas no complexo do Faz Quem QuerDivulgação


O caso de Bruno

Bruno foi morto quando chegava do trabalho, na noite do último dia 19 de outubro. Ele costumava encontrar a companheira, Amanda Costa, na saída do metrô para que fossem juntos para casa no carro da família.

Pouco antes da chegada de Bruno, Amanda e a cunhada da vítima foram abordadas por criminosos. Os bandidos queriam levar o carro e pediam os pertences das vítimas.

Foi nesse momento que Bruno chegou e, ao perceber a movimentação, tentou intervir arremessando sua mochila e partindo para cima do criminoso. Os dois entraram em luta corporal, mas Bruno acabou sendo atingido à queima-roupa. A vítima chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rocha Miranda, também na Zona Norte, mas não resistiu aos ferimentos.

Bruno foi sepultado dois dias depois, no cemitério de São Francisco Xavier, no Caju. Durante a despedida, a mulher da vítima chegou a dizer que eles pretendiam se mudar por conta da violência.


"A gente planejava sair dali, mas estávamos esperando acabar o ano letivo para não mudar as crianças da escola no meio do ano. Já estávamos procurando apartamento, já tínhamos até alguns em vista. Ele queria realizar essa mudança. Ele falava que queria se mudar antes do Natal para comemorar na casa nova", disse.