A jovem Mylena Teixeira de Azevedo, de 23 anosRedes Sociais

Rio – O corpo da jovem Mylena Teixeira de Azevedo, de 23 anos, foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, na tarde deste domingo (20). O clima entre amigos e familiares era de tristeza e incredulidade. Mylena morreu em um acidente de carro, no Aterro do Flamengo, Zona Sul da cidade, na manhã de sábado (19).

A jovem morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e era recém-formada bacharel em Direito. No fim de setembro, Mylena conseguiu o certificado de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A conquista enchia de orgulho quem a acompanhava de perto e torcia por ela.

"Meu orgulho, um amor de menina, nos deixou já como advogada, um sonho do vovô. Mas tenho a certeza de que Deus, nosso criador, a acolheu em seus braços. Ganhou a vida eterna. Até breve, minha grande neta", escreveu José Carlos Teixeira, avô de Mylena, nas redes sociais.

A mãe, Liliane Teixeira, não poupava elogios à filha e aos irmãos mais novos de Mylena: Luciana, de 21 anos, e Calvin, de 14. "Te amo, filha, e como sempre te falei, estarei com você sempre", publicou Liliane.
O irmão caçula, Calvin, também usou seu perfil nas redes para se despedir: "nunca pensei em acordar com uma notícia dessas. Me vigie de onde você estiver. Te amo para eternidade. Você sempre será minha grande irmã. Te amo mais que tudo nessa vida".

A irmã, Luciana, está inconsolável. "É injusto não ter você aqui. Inaceitável! Você foi brilhante e, enquanto eu estiver viva, vou mostrar para o mundo a mulher incrível que você foi", afirmou.
Mylena voltava, na madrugada de sábado, de um passeio com outros quatro amigos e estava no banco do carona quando sofreu o acidente. A jovem foi a única vítima fatal. Os outros quatro ficaram feridos. 

Letícia Moura, 26 anos, Marcelo Cataloe, 25, Luiz Guilherme Bragança, 24, e Nicollas Rodrigues, 22, foram socorridos a hospitais da região. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o quadro de saúde deles é estável, e Nicollas já teve alta.

O caso está sendo investigado pela 9ª DP (Catete).
* Reportagem de Beatriz Coutinho sob supervisão Tábata Uchoa