O evento discutirá ainda o poder das lideranças femininas em suas comunidades, a ascensão das mulheres no Judiciário e os desafios do empreendedorismo econômico para as mulheresDivulgação

Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Em comemoração do Mês da Mulher, acontece entre 13 e 16 de março a segunda edição do Flisgo Mulher, a versão especial do Festival Literário de São Gonçalo com foco na participação e produção artístico-literária feminina. O evento, totalmente on-line, com o incentivo da Lei Aldir Blanc, traz para a reflexão o tema Mulher e Poder. A parceria com o movimento Cidade no Feminino e sua Câmara Popular de Mulheres (CPMulher) de São Gonçalo amplia o espectro da ação e incorpora ao festival o debate sobre a participação da mulher nos espaços de poder e decisão
O Flisgo Mulher será transmitido pelo canal do YouTube Q-Cria: CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR. Para participar, é preciso preencher o formulário de inscrição: CLIQUE AQUI PARA SE INSCREVER.
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"Não é mais possível que a sociedade brasileira admita a violência de gênero na política e a gritante ausência de representatividade feminina nas instâncias de poder", ressalta Leila Araújo, cofundadora do movimento Cidade no Feminino. Para contribuir com o debate, os painéis terão mulheres da pesquisa, da política, do empreendedorismo, dos movimentos sociais e da produção artístico-cultural.
A edição deste ano será intensa e, entre os 10 painéis propostos, destaca-se a abertura: O que muda quando as mulheres estão no poder?, cujas expositoras são: Beatriz Della Costa Pedreira, cientista social, pesquisadora de comportamento político e cofundadora do Instituto Update, onde coordena o estudo e a série na web Eleitas mulheres na política; Edna Calheiros, professora licenciada da UFRJ e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim-RJ); e a socióloga Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem/UFMG) e uma das autoras do livro Sempre foi sobre nós, sobre violência contra as mulheres, na política, organizado por Manuela D'Ávila.
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Para contar a trajetória de luta das mulheres pela cidadania e por mais espaços de decisão, o painel Griôs do Feminismo traz Anna Maria Rattes, advogada e deputada constituinte; a deputada Benedita da Silva, que foi senadora, vice-governadora e governadora do estado do Rio de Janeiro; a historiadora e primeira presidente do Cedim-RJ e ex-representante da ONU Mulheres para o Brasil e Cone Sul, Branca Moreira Alves; a diretora da Cepia e socióloga Jacqueline Pitanguy, primeira presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Dentre as parlamentares convidadas, confirmaram presença as deputadas Mônica Francisco e Martha Rocha e as vereadoras Priscilla Canedo (São Gonçalo), Tainá de Paula (Rio de Janeiro) e Walkiria Nichteroy (Niterói).

O evento discutirá ainda o poder das lideranças femininas em suas comunidades, a ascensão das mulheres no Judiciário e os desafios do empreendedorismo econômico para as mulheres. Além dos painéis, o evento terá oficinas ministradas pela socióloga e mestra em Ecologia Social Solange Dacach, que serão dirigidas especialmente às integrantes do Cidade no Feminino.
Intervenções artísticas com fazedoras de arte e cultura da cidade ilustrarão o debate sobre a ampliação dos espaços de poder e decisão para as mulheres. "O exercício pleno deste direito inalienável depende de uma mudança cultural. A arte é uma linguagem que acessa todos os públicos e o Flisgo pode e está contribuindo para a consolidação desse direito", destaca Alberto Rodrigues, coordenador do Grupo Acesso Cultural, realizador do festival.
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