Projeto também fomenta o trabalho e renda, para que as mulheres possam garantir sua independência e romper com o ciclo de violência
Projeto também fomenta o trabalho e renda, para que as mulheres possam garantir sua independência e romper com o ciclo de violênciaDivulgação
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - A coordenadora do Programa Empoderadas, Erica Paes, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, veio à cidade para apresentar o programa às equipes de órgãos que atuam no enfrentamento à violência de gênero, fortalecendo a orientação às mulheres acerca das principais situações de risco, além das formas de prevenção. "Queremos entender as necessidades do município e, assim, traçar estratégias de atuação. Ensinamos técnicas de prevenção e enfrentamento à violência contra meninas e mulheres, e como elas podem se antecipar e reconhecer um criminoso, mas também atuamos com mulheres que vêm de outros traumas, com atendimento psicológico gratuito, não apenas para a mulher, mas também para seus filhos”, descreveu Erica, contando que o projeto também fomenta o trabalho e renda, para que as vítimas possam garantir sua independência e romper com o ciclo de violência em que se encontram. 
Segundo a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Ana Cristina da Silva, essa integração é fundamental para contribuir com o avanço das políticas públicas do município voltadas ao combate à violência de gênero. “Tenho certeza de que esse programa irá agregar às ações que já desenvolvemos. Infelizmente, as estatísticas de violência contra a mulher só crescem, daí a importância de se fazer o trabalho preventivo para diminuição desse número”, ressaltou.
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Uma das frentes do programa é a ação “Empoderadas na Praça”, que leva dicas de segurança e de defesa pessoal às mulheres, que pode ser implementada na cidade nos próximos meses. “Nossa chegada está sendo esperada há muito tempo na cidade e a Prefeitura de São Gonçalo nos procurou para estar aqui neste pontapé inicial para fortalecer a dignidade dessas mulheres”, afirmou Erica.
O encontro foi no Auditório GM Mário Batista, na Venda da Cruz, e reuniu representantes da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (Deam), do Conselho Estadual de Direitos da Mulher (Cedim), do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, do Centro Especial de Orientação à Mulher (Ceom), das secretarias municipais de Educação e de Esporte e Lazer, da Guarda Municipal, das subsecretarias de Proteção Social Especial e de Proteção Social Básica, e da Patrulha Maria da Penha. Após essa visita técnica, e com os dados locais em mãos, o Programa Empoderadas irá retornar à cidade em um segundo momento, para apresentar a forma como a iniciativa pode ser empregada dentro da realidade gonçalense.
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“A mulher, muitas vezes, não consegue sair de casa e romper com o ciclo de violência de um casamento por não ter renda própria e autonomia. Quando a gente vê um projeto como esse, que tem a intenção de recolocar essas mulheres no mercado de trabalho, de ensinar uma outra forma de viver sem ser dependente dos seus parceiros, vislumbramos uma nova oportunidade para essas mulheres. A delegacia consegue investigar crimes e prender criminosos, mas não pode dar essa outra oportunidade de fechar o ciclo, que a Prefeitura, em parceria com o Estado, está proporcionando com esse programa”, disse a delegada da Deam-SG, Carla Tavares.