Aluno da UFF é o 1º juiz brasileiro do Campeonato Mundial de Debates
Gabriel Guia se destacou na edição 2021 do World Universities Debating Championship (WUDC) ao integrar o seleto grupo de juízes da competição
Natural de Resende, Guia já coleciona uma série de títulos em campeonatos de debates competitivos, além de ter premiações individuais de melhor debatedor - Divulgação
Natural de Resende, Guia já coleciona uma série de títulos em campeonatos de debates competitivos, além de ter premiações individuais de melhor debatedorDivulgação
O estudante de economia na Universidade Federal Fluminense (UFF) Gabriel Guia se destacou na edição 2021 do World Universities Debating Championship (WUDC), o campeonato mundial de debates entre universitários de vários países, realizado entre 7 e 12 de julho. Ele foi o primeiro brasileiro a integrar o seleto grupo de juízes da competição, apitando tanto as etapas classificatórias quanto as eliminatórias. Este ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Debates (IBD), o Brasil teve a maior delegação de debatedores, com a participação de oito duplas de estudantes de universidades de norte a sul do país.
Ainda pouco conhecido, o debate universitário é um esporte intelectual que vem ganhando cada vez mais espaço dentro das instituições de ensino superior. Competindo entre si, os membros precisam provar seus pontos através de uma linha argumentativa clara, lógica e relevante. Este ano, o WUDC teve como anfitriã a Coreia do Sul, mas, por conta da pandemia, todo o evento ocorreu de forma virtual.
Hoje aluno da UFF de Niterói, Gabriel Guia já é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na qual cofundou a Sociedade de Debates da UFRJ (SDUFRJ), a primeira da capital fluminense. Ele, que é natural de Resende, no interior do estado do Rio, já coleciona uma série de títulos em campeonatos de debates competitivos, além de ter diversas premiações individuais de melhor debatedor. Em 2019, ele e sua dupla, Isabela Refkalefsky, foram vice-campeões do Campeonato Brasileiro de Debates (CBD), organizado pelo IBD, quando também conquistaram o título de melhor sociedade de debates do Brasil para a SDUFRJ.
“É uma conquista muito grande para mim, porque há muito tempo me dedico aos debates e sempre busquei incentivar e promover essa cultura dentro e fora do mundo universitário. Ser o primeiro brasileiro a conseguir isso dentro de um torneio com mais de mil pessoas de diversos continentes, de inúmeras universidades reconhecidas, é algo magnífico”, exclama.
Ele também apontou que a conquista tem uma grande importância para todo o cenário nacional de debates universitários. “Essa conquista representa também um esforço coletivo do movimento de debates brasileiro, que quis melhorar, expandir os horizontes e tentar cada vez mais levar a cultura de debates ao meio universitário, ao meio secundarista e também à sociedade de modo geral, porque isso forma pessoas mais engajadas. No Brasil, ainda é um movimento jovem se comparado aos demais países, onde alguns já têm mais de 100 anos de história. Temos, por exemplo, figuras como Barack Obama e Jacinda Ardern, que fizeram parte de sociedades de debates”, destaca Guia.
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