O escritor e roteirista proporciona aos leitores as múltiplas possibilidades de se emocionar, se divertir e refletir ao sentir na pele suas personagens Divulgação / J. Vitorino

Premiado no Festival de Memphis na categoria de Melhor Roteiro pelo filme Medida Provisória, ainda inédito no Brasil, Elísio Lopes Jr. lançou nesta quinta-feira (29) o livro Monocontos – Histórias Para Ler e Encenar, uma coletânea de cem monólogos que parecem contos, com personagens reais e fictícios, dividida em cinco capítulos ou atos. A obra traz uma vasta pesquisa realizada pelo escritor ao nos aproximar da biografia de personalidades como Nelson Mandela, Dandara dos Palmares, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Maísa e Isaurinha Garcia, entre muitas outras. O escritor e roteirista proporciona aos leitores as múltiplas possibilidades de se emocionar, se divertir e refletir ao sentir na pele suas personagens, em uma verdadeira experimentação psicológica subjetiva.
O lançamento conta com vídeos de 20 atores e atrizes - que já atuaram em textos anteriores de Elísio no teatro, TV ou cinema - interpretando alguns dos "monocontos" contidos no livro. Entre eles, estão Isabel Fillardis, Emanuelle Araújo, Lázaro Ramos, Cacau Protásio, Augusto Pompeo e Zéu Britto (clique AQUI para assistir). Publicado pela Editora Malê, o livro tem prefácio assinado por Paulo Lins, autor negro de obras como Cidade de Deus (1997), Sobre o sol (1986) e Desde que o samba é samba (2012). Atualmente, Paulo e Elisio escrevem juntos alguns roteiros de ficção para a TV Globo.

"Um texto bonito pode ser apenas bonito para ser lido, e isso não diminui seu encanto. Foi exatamente desta certeza que nasceu este livro. Sou um autor parido no palco e tenho verdadeira paixão pelo ofício dos atores, e sua capacidade de viver o aqui e o agora diariamente. Ao mesmo tempo, sempre gostei de contos, onde o leitor pode se sentir participante da história, na pele do personagem. Este livro quase todo resulta da reunião de monólogos de diversos estilos, linguagens, tamanhos e estéticas. Alguns, escrevi dentro de peças já encenadas, outros foram encomendos para eventos, e muitos deles são personagens revoltos, que pularam da minha imaginação e, por pura insubordinação, não se encaixam em nenhuma trama. São libertos de qualquer narrativa mais complexa", descreve o autor, que já foi indicado ao Prêmio Bibi Ferreira, na categoria Melhor Roteiro Original em Musicais (2021), pela autoria do musical Dona Ivone Lara - Um sorriso negro.

Dividida em cinco atos, coletânea de cem monólogos, que parecem contos, tem personagens reais e fictícios - Divulgação / Alessandra Costa

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