Na época, choveu aproximadamente 240 mm, volume suficiente para o inundar parte das lavouras de cana-de-açúcar, hortifruti, abacaxi e o pasto.Foto: Divulgação.

Por Bertha Muniz
CAMPOS - Os produtores rurais da Baixada Campista ainda acumulam prejuízos com as chuvas que caíram na região a cerca de 15 dias. Na época, choveu aproximadamente 240 mm, volume suficiente para o inundar parte das lavouras de cana-de-açúcar, hortifruti, abacaxi e o pasto.
De acordo com o diretor do Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, o professor João Gomes de Siqueira, este volume de água que foi atípico para a época do ano, que é período de seca, afetou boa parte da produção agrícola e leiteira da Baixada que reúne propriedades de Campos, São João da Barra e Quissamã. Foram três dias de chuva, quando foi registrado um volume de 240mm causando sérios prejuízo já que o volume de água não tem como escoar devido a obstrução dos canais por vegetação e falta de manutenção periódica dos canais.
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Preocupados com esta situação, o vereador Raphael Thuin promoveu nesta quinta-feira (1º) uma reunião com parte da diretoria do Comitê de Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana - CBH- BPSI - com o Superintendente Regional do INEA Macaé, Ronaldo Paes Leme. A equipe entregou um relatório explicando a situação da baixada, além de fotos das aéreas alagadas.
Durante o encontro, Ronaldo ficou de agendar uma reunião com o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Thiago Pampulha, na próxima semana, para juntos buscarem uma solução, como a limpeza dos canais na área rural, visando amenizar os problemas para a próxima safra.
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- O momento é de união de todos os setores em prol da recuperação desta área alagada que afeta direta e indiretamente o setor produtivo, deixando de gerar emprego e receita para a economia. Acredito, na força do agronegócio para o desenvolvimento da região e estarei do lado do setor produtivo", destacou Thuin.
João Siqueira destacou que equipe do Programa Estadual Limpa Rio está em Campos fazendo a limpeza de alguns trechos urbanos dos canais, mas no momento, a maior demanda se concentra na Baixada Campista, que compreende propriedades de Campos, São João da Barra e A expectativa é de 2.000m2 de área alagada e de cerca de 1000 km de canais.
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As principais reinvindicações do Comitê são: reforma das 8 comportas, recomposição dos diques e limpeza dos canais. A região da baixa campista tem uma rede de canais de aproximadamente 1.350 km de extensão, é considera uma das maiores do país, e a maior parte precisa de manutenção e limpeza, explicou o presidente do Comitê Zenilson Coutinho.