Para participar do estudo, a unidade de saúde precisa ter uma vigilância epidemiológica estruturada, que é o caso do Hospital Ferreira Machado.Foto: Divulgação.

CAMPOS - A Vigilância Epidemiológica do Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, foi selecionada para participar de um estudo sobre Vigilância Genômica da Covid-19, no Rio de Janeiro.
Diante da pandemia do coronavírus, a permanência da propagação desta doença, com destaque para as mutações das variantes do vírus SARS-CoV-2 que exigem cada dia mais esforços para compreensão desse fenômeno e suas consequências na população, quanto à transmissibilidade e a gravidade dos casos, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica e Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde vai iniciar um estudo amostral a ser aplicado em unidades hospitalares já estruturadas para esse tipo de ação.
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Por estar inserido na Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (RENAVEH), o Núcleo de Epidemiologia do Hospital Ferreira Machado foi convidado para participar desse estudo e realizar esse monitoramento genômico de casos de pessoas contaminadas pela Covid-19, que se enquadrem na natureza da pesquisa, em todo estado.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Epidemiologia do HFM, Christiane Ramos, para participar, a unidade de saúde precisa ter uma vigilância epidemiológica estruturada, que é o caso do Hospital Ferreira Machado. “Os hospitais selecionados enviarão amostras biológicas de pacientes internados, que preencham aos critérios do estudo, para o laboratório estadual de referência em saúde pública, o LACEN-RJ. Para os casos que se confirmarem como positivos para Covid-19, também será realizada a análise genômica”, disse.
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Vigilância Genômica X pandemia
Os sistemas responsáveis pela vigilância genômica têm como objetivo monitorar os vírus em circulação e identificar as variantes. Esse trabalho é feito por meio do sequenciamento genético de amostras coletadas nos pacientes. Graças a esses profissionais, que atuam em rede, foram descobertas as mutações do Reino Unido, África do Sul e Manaus, no Brasil.
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Ainda segundo Christiane, a participação de Campos é muito importante. "Não poderíamos deixar de contribuir com esse momento histórico em que a ciência busca conhecer cada vez mais os fatores determinantes para a propagação do Covid-19 e, assim, termos a esperança de um maior controle da doença e diminuição da mortalidade na nossa população", ressalta.