'A União está sendo generosa com governadores', diz Guedes ao determinar congelamento salarial
Governadores e prefeitos seguem aguardando ajuda federal para recompor perdas de receitas diante da pandemia; ministro da Economia negocia com o Senado mudanças no socorro financeiro e quer reduzir o valor
Por PALOMA SAVEDRA
Estados e municípios do país seguem à espera de repasses federais para recompor a queda drástica de receita, em especial de ISS (nas prefeituras) e ICMS (nos governos estaduais), em decorrência do isolamento e outras medidas de combate à covid-19. O Senado deve votar no sábado o projeto de ajuda emergencial, com desembolso de R$ 89,6 bilhões pela União. Mas o texto ficou parado há mais de uma semana na Casa, diante da resistência do governo federal à proposta.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, critica a liberação de recursos sem contrapartidas aos entes, mesmo diante da pandemia. E negocia com o Senado a inclusão da obrigatoriedade de congelamento salarial de servidores por um ano e meio. Além disso, Guedes defende a redução do auxílio. Há possibilidade de ser em torno de R$ 50 bilhões.
Hoje, Guedes chegou a declarar que o Executivo federal está sendo "generoso" com os governadores na proposta de auxílio emergencial.
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"A União cedeu tudo e os governadores ganharam duas vezes. Primeiro, porque estão recebendo dinheiro. Segundo porque não terão que dar o aumento. O governo, de novo, está sendo generoso e estendendo a mão para a federação", declarou Guedes.