Secretário de Planejamento, José Zamith toca o programa; governador interino, Cláudio Castro afirma que reestruturação será feita com diálogo - Divulgaçãp/ Rafael Campos
Secretário de Planejamento, José Zamith toca o programa; governador interino, Cláudio Castro afirma que reestruturação será feita com diálogoDivulgaçãp/ Rafael Campos
Por PALOMA SAVEDRA
Já próximo ao clã Bolsonaro, o governador em exercício, Cláudio Castro, assinou ontem um pedido formal de renovação do Regime de Recuperação Fiscal do Estado do Rio (RRF), sinalizando que a prorrogação do acordo financeiro com a União pode sim sair do papel esses dias. Apesar de o Rio ter ganhado tempo, com uma decisão do TCU, o prazo de vigência do primeiro período do regime (três anos) expira no próximo dia 5. O fim do RRF, na prática, representa o colapso das finanças estaduais, e a incerteza do pagamento para o funcionalismo.
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Castro e o secretário de Fazenda, Guilherme Mercês, vão cumprir agenda em Brasília essa semana para tratar do assunto. Tudo indica que o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai homologar o regime, o que demonstra que até semana passada - antes do afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador - havia influência política nas tratativas do governo fluminense com o Executivo federal.
O Estado do Rio aderiu ao RRF em setembro de 2017. A vigência do plano de recuperação é de três anos, podendo ser prorrogado por igual período. A hipótese de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) é apontada como a última saída, e a equipe do Palácio Guanabara prefere manter as negociações no âmbito administrativo e, agora, político.