Competição entre as unidades da escola Zion revelou equipe  - Divulgação / Zion
Competição entre as unidades da escola Zion revelou equipe Divulgação / Zion
Por RENAN SCHUINDT

Embora ainda seja uma novidade para muitos brasileiros, os esportes eletrônicos, conhecidos como e-Sports, movimentaram cerca de R$ 6 bilhões no país no ano passado. Parte significativa dessa movimentação financeira acontece nas competições virtuais, que conquistam espaço entre o público jovem. Para estimular a formação de jogadores profissionais no ramo, uma escola de entretenimento digital da Baixada Fluminense montou um time de cyber atletas que pretende ser um dos mais fortes desse cenário.

Tudo começou no ano passado, quando a escola Zion abriu uma competição entre as unidades. Na seletiva, onde os alunos de Duque de Caxias ganharam dos alunos de Madureira, foram selecionados seis jogadores para compor o time oficial: Alexandre de Paula, Cauã Galvão, Ruan Medeiros, Caio Viana, Matheus da Paz e Matheus tavares. Um sétimo cyber atleta deve ser incorporado à equipe ainda neste semestre.

NÃO BASTA CRIAR

"A formação do time nasceu de uma ideia de marketing. No entanto, percebemos que nossos alunos não queriam apenas criar ou assistir aos jogos, mas também se tornar jogadores. Em vez de contratarmos cyber atletas de fora, preferimos investir na prata da casa", diz Vitor Donato, diretor comercial da Zion.

Alunos de escola de games disputaram campeonato interno antes de se tornarem jogadores profissionais - Divulgação / Zion

Com idades entre 15 e 20 anos, o grupo sonha com o reconhecimento profissional, além da oportunidade de geração de renda. É o caso de Ruan Medeiros, que enxerga na oportunidade a realização de um sonho. "Há seis anos que espero por este momento. Quero me dedicar ao máximo e ver até onde posso chegar como jogador profissional", diz.

CENTRO DE TREINAMENTO

Além de uma ajuda de custo e atenção especial de um coach, contratado especialmente para orientar o grupo, os jogadores têm direito a bolsa integral, treinamento online e, em breve, eles poderão se exercitar no centro de treinamento da escola (game office) que está em fase de construção. "Adotamos o mesmo modelo de equipes das universidades norte-americanas. No programa, cobramos um bom desempenho escolar dos atletas", explica o diretor.

MERCADO BILIONÁRIO

Os torneios de videogame em nível profissional já dominam redes sociais e outras plataformas. Hoje, o país conta com 75,7 milhões de jogadores, entre profissionais, amadores ou que jogam pelo celular. No ano passado, o setor de games na América Latina avançou 19%, movimentando R$ 492 bilhões. A expectativa é de que em 2021 a indústria de games alcance 50% de crescimento no mercado financeiro.

Este ano, o time da Zion se prepara para disputar uma seletiva que dá direito à participação em um campeonato correspondente à segunda divisão do jogo Legue of Legends. Para isso, os jovens se encontram três vezes por semana, onde chegam a treinar até seis horas.

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