"Amigos, eu, meu irmão e minha mãe estamos bem. Precisamos de força e peço que nos deem um pouco de privacidade, especialmente para minha mãe. (...) Somos fortes, vamos passar por isso. Obrigado a todos", disse Matheus.
Caio Júnior é uma das vítimas do acidente que matou ao menos 75 na Colômbia, na madrugada desta terça-feira. O avião tinha 81 pessoas a bordo, sendo 72 passageiros, entre delegação e jornalistas, e 9 tripulantes.
Seis pessoas sobreviveram: o lateral-direito Alan Ruschel (Alan Luciano Ruschel), o goleiro reserva Follmann (Jackson Ragnar Follmann), o zagueiro Neto (Helio Hermito Zampier Neto) e o jornalista Rafael Henzel, além dos tripulantes Erwin Tumiri e Ximena Suárez.
O goleiro Danilo (Marcos Danilo Padilha) — herói da classificação à final da Copa Sul-Americana ao fazer uma defesa importante nos acréscimos contra o San Lorenzo — foi resgatado com vida pelos bombeiros, mas morreu no hospital por voltas das 9h30 (horário de Brasília).
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As causas do acidente são desconhecidas. As autoridades trabalham com hipótese de pane elétrica e falta de combustível (pane seca). Na emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar a explosão da aeronave na queda. O avião não explodiu.
Caio Júnior
Nascido em Cascavel, no Paraná, ele tinha 51 anos. Na carreira de jogador passou por clubes como Paraná Clube e Iraty. A Chapecoense foi o 17° time comandado por ele. O paranaense deixou mulher e dois filhos.
Como técnico de futebol, Caio Júnior esteve à frente do Paraná Clube, Gama, Londrina, Palmeiras, Goiás, Flamengo, Vissel Kobe (Japão), Al Gharafa (Catar), Botafogo, Grêmio, Al Jazira (Emirados Árabes), Bahia, Vitória, Criciúma e Al Shabab (Emirados Árabes).
Seu primeiro destaque como técnico no cenário nacional veio em 2005, quando no comando do Cianorte, a equipe venceu o Corinthians por 3X0.
Ele também atuou como comentarista esportivo de TV e rádio em Curitiba. No estado também foi supervisor de futebol do Coritiba.
A Chapecoense faria nesta quarta-feira o primeiro confronto da decisão da Copa Sul-Americana com o Atlético Nacional, no que seria a maior partida da história do clube de Santa Catarina. O jogo foi cancelado pela Confederação Sul-Americana.