Minas Gerais - Um dos maiores nomes da história do vôlei brasileiro e ex-presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas morreu nesta terça-feira aos 68 anos. O dirigente trabalhava no Atlético-MG e estava na Cidade do Galo, quando passou mal. Ele foi vítima de um ataque cardíaco.
Após passar mal, Bebeto de Freitas chegou a ser atendido pelo médico atleticano Marcos Vinícius. Duas ambulâncias e um helicóptero fora acionados para fazer atendimento ao dirigente. Porém, ele acabou não resistindo.
A carreira de Bebeto de Freitas no esporte brasileiro é enorme. Ele é considerado um dos principais ícones da mudança de patamar do vôlei brasileiro. Ele foi jogador de vôlei do Botafogo, pelo qual conquistou 11 títulos estaduais consecutivos. Ganhou destaque como técnico da seleção brasileira masculina da modalidade, que ele conduziu ao vice-campeonato mundial de 1982 e ainda à medalha de prata na Olimpíada de 1984, em Los Angeles, onde liderou um time repleto de craques como William, Xandó, Montanaro e Renan.
Paulo Roberto Freitas, o Bebeto de Freitas, também foi o treinador do time da Atlântica Boavista na década de 1980, que rivalizou com a Pirelli, equipes que se tornaram referência no mundo do vôlei. Na década seguinte, descontente com a Confederação Brasileira de Vôlei, foi para o exterior, onde treinou a seleção italiana, sagrando-se campeão da Liga Mundial, em 1997, e do Mundial, em 1998.
Já em sua carreira como dirigente, a sua primeira passagem pelo Atlético-MG ocorreu em 1999, antes de voltar a trabalhar no clube em 2001. Foi também presidente do Botafogo entre 2003 e 2008 e em 2009 retornou ao Atlético como diretor-executivo. Bebeto também era sobrinho do lendário jornalista João Saldanha, botafoguense de coração como o sobrinho.