Rogério Caboclo.Foto: Mauro Pimentel/AFP

Por O Dia
Rio - O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, pode ver o seu afastamento ser prorrogado pela diretoria da cúpula, nesta sexta-feira (2). O dirigente é investigado por denúncia de assédio moral e sexual contra uma funcionária da entidade. A informação é do site "UOL".
A cúpula usará o artigo 143 do estatuto para formalizar a prorrogação do dirigente, que diz: "nos casos de urgência comprovada, a diretoria da CBF poderá afastar, em caráter preventivo, qualquer pessoa física ou jurídica direta ou indiretamente vinculada à CBF que infrinja ou tolere que sejam infringidas as normas constantes deste Estatuto ou do Estatuto da Fifa ou da Conmebol, bem como as normas contidas na legislação desportiva e nos regulamentos da CBF".
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No entanto, o artigo já foi usado para dar suporte ao afastamento feito no dia 6 de junho, por 30 dias para o presidente afastado, Rogério Caboclo, com vencimento na próxima terça-feira. Independente do limite de prorrogação, a ideia é de que o dirigente fique afastado da CBF por mais tempo, que hoje está sendo presidida em exercício pelo Coronel Nunes.
 Os diretores e vice-presidentes unanimemente querem o afastamento do dirigente por mais tempo, tal pedido que já foi documentado e enviado recentemente para a comissão de ética, que reforça: "até a conclusão das investigações das graves acusações que pesam contra ele".
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Em uma carta assinada por 16 diretores e enviada às federações, ressalta que: "decisões dessa gravidade precisam ser apuradas de forma isenta e livre de pressões. Sem ameaças, promessas de vantagens ou tentativas de usar os cofres da entidade para financiar acordos de caráter particular".
Anteriormente, o dirigente Caboclo insinuou que o ex-presidente Marcos Paulo Del Nero, banido pela Fifa, busca retomar o poder da CBF, no entanto, ele nega.
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Entretanto, apesar da decisão que tiver na próxima reunião, o artigo 143 exclama sobre afastamento em "caráter preventivo", o que acarretaria em aguardar ainda a decisão final por parte da comissão de ética, além do código de ética estabelecer que: "a aplicação de sanções aos dirigentes eleitos ficará sujeita à confirmação das Assembleias Gerais Administrativas das respectivas entidades, exigindo-se aprovação de três quartos da totalidade de seus membros".
Para sacramentar o afastamento do presidente afastado Rogério Caboclo, são necessários 21 votos, nesse caso, o dirigente precisa de sete aliados para poder retornar à presidência da CBF.