Presidente afastado da CBF é convocado a depor na Câmara Federal sobre acusação de assédio
Rogério Caboclo teve seu afastamento prorrogado por mais 60 dias
Caboclo: 'Ele ofereceu R$12 milhões por silêncio da funcionária' - Divulgação/CBF
Caboclo: 'Ele ofereceu R$12 milhões por silêncio da funcionária'Divulgação/CBF
Por O Dia
Rio - O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo foi convocado para depor na Câmara dos Deputados para falar sobre as denúncias de assédio a uma funcionária da entidade. O requerimento é assinado por três deputados e visa pedir esclarecimentos sobre o ocorrido na entidade. Assinam os parlamentares Tereza Nelma (PSDB-AL), Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) e Celina Leão (PP-DF).
Caboclo teve seu afastamento prorrogado por mais 60 dias. Ele deixou o cargo provisoriamente por 30 dias a pedido da Comissão de Ética da entidade para responder à acusação interna de assédio moral e sexual contra uma funcionária. Os diretores que estão no comando na CBF, liderados pelo presidente interino Coronel Antonio Nunes, se reuniram para decidir pelo novo prazo. O caso continua sendo investigado. O dirigente está afastado desde o dia 6 de junho.
Segundo o Artigo 21 do Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro, Caboclo pode receber uma advertência ou até ser banido do futebol. "As violações a este Código pelas pessoas a ele submetidas ou as infrações de quaisquer outras regras e regulamentos da CBF, das Federações, das Ligas e dos Clubes são passíveis de punição, cumulativas ou não, das seguintes sanções: I) Advertência, reservada ou pública; II) Multa, de até R$ 500 000,00; III) Prestação de trabalho comunitário; IV) Demissão por justa causa; V) Suspensão, por até 10 anos; VI) Proibição de acesso aos estádios, por até 10 anos; VII) Proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol, por até 10 anos; VIII) Banimento."
Em suas notas à imprensa, Caboclo nega as acusações, diz que vai provar sua inocência e aponta o então padrinho político Marco Polo del Nero como articulador de todas essas manobras para retomar o poder na entidade máxima do futebol. Del Nero era presidente antes de Caboclo, mas foi banido do futebol por corrupção. Depois disso, ele teria mantido contato com os diretores da CBF de modo a continuar no poder sem aparecer.
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