Marco Polo Del NeroLEO CORREA / MOWA PRESS

Por O Dia
Rio - Em um áudio vazado, o ex-presidente da CBF e banido pela Fifa, Marco Polo Del Nero, negou que tenha criado um "complô", para afastar o dirigente Rogério Caboclo, após ter sido denunciado por assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade. A informação é do site "UOL".
Além disso, sem mencionar o nome de Caboclo, diz que "o algoz dele foi ele mesmo". A veracidade foi confirmada por Del Nero em reportagem à UOL. No áudio, o ex-presidente diz que sente "pena" de Caboclo, após o dirigente ter acusado de conduzir um "golpe de estado na CBF".
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Para o dirigente Rogério Caboclo, as decisões da comissão de ética foram atribuídas por Del Nero para o afastar temporariamente do poder, além do fato de que o órgão recentemente, acrescentou mais 60 dias.
"Este é mais um episódio do inédito golpe orquestrado e comandado pelo ex-presidente Marco Polo Del Nero, banido do futebol, por meio de aliados na confederação", disse a defesa de Rogério Caboclo. Sobre o ocorrido, Del Nero revelou a sua versão sobre o caso.
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"Ele fala em complô. Mas pera aí... Complô? Só se ele fez parte do complô, se ele fez o complô. Se ele não tivesse falado os horrores que falou para a vítima, se não tivesse humilhado uma mulher mais frágil, subalterna, funcionária dele.. Se ele não tivesse assediado, nada disso teria acontecido", disse o ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
Confira o que diz o áudio de Marco Polo Del Nero.
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"Olha pessoal, estou dando uma satisfação para vocês. Vocês sabem que eu não sou muito de falar, né? Sobretudo com a imprensa. Eu prefiro discutir os assuntos internamente. E quando é necessário a gente fala, sim. Antes de tudo, eu tenho muita pena dele. Tenho dó dele, sabe? Toda essa situação que envolveu ele e uma mulher, uma funcionária, de assédio sexual, moral... Isso é muito grave, né?
Mas eu tenho impressão que tudo isso... as coisas vão ser apuradas, comprovadas... Já estão comprovadas porque os áudios parecem verdadeiros, né... Mas o que fazer? Agora, eu acho absurdo e uma mentira tão grande... eu não sei onde ele quer caminhar. Ele fala em complô.
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Mas pera aí... Complô?... Só se ele fez parte do complô, se ele fez o complô. Se ele não tivesse falado os horrores que falou para a vítima, se não tivesse humilhado uma mulher mais frágil, subalterna, funcionária dele.. Se ele não tivesse assediado, nada disso teria acontecido. Então, agora, algoz quer ser vítima? Não. Não. Ele está equivocado. O algoz dele foi ele mesmo.
E a vítima foi uma mulher humilhada que foi buscar apoio na comissão de ética e na Justiça. Ponto final. Gente, tudo tem limite. Até o absurdo tem limite".
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Nesta quarta-feira, os dirigentes terão ainda uma reunião informal na CBF para debater o que vai acontecer com o futuro de Rogério Caboclo na entidade.