Em vídeo, jogadores brasileiros fizeram apelo para deixar a Ucrânia, atacada pela RússiaReprodução
"Temos sido muito consultados por jogadores. Nossa orientação é muito parecida com a do período de pandemia, quando explodiu o mercado diante de um motivo de força maior. A Fifa define guerras como um motivo de força maior. Neste período, não dá para o jogador se amparar em uma cláusula qualquer pedindo a rescisão unilateral. A não ser, claro, os jogadores que tivessem no contrato a previsão de uma cláusula de rescisão em caso de guerra", afirmou, ao LANCE!.
Motta detalhou como os clubes ucranianos estão agindo perante a situação.
"A Fifa dificilmente vai reconhecer a cláusula rescisória de um contrato devido a um motivo de força maior. Afinal, não se sabe até quando este conflito vai durar na região. O Campeonato Ucraniano está suspenso, os clubes de lá dispensaram seus respectivos jogadores. Em momentos como este, a Fifa costuma prezar a estabilidade contratual", disse.
"A Fifa aos poucos se adaptou na pandemia. Mudou regras, fez janelas extemporâneas... Contudo, neste momento, em meio à guerra, não é aconselhável tentar rescindir na marra. É preciso cautela em função de uma guerra que causa impacto até na fase de qualificação de uma Copa do Mundo", e ressaltou:
"Quer negociar? Entre em contato com o clube. Os dirigentes dos clubes apenas saíram daquela região da Ucrânia, mas estão conectados. Mas aconselho cautela e diálogo. Quem chegar apontando dedo na cara, vai perder", finalizou Motta.
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