Depois de cancelar o GP da Rússia por causa da invasão à Ucrânia, a Fórmula 1 teve outra crise a tratar, desta vez durante os treinos livres desta sexta-feira na Arábia Saudita. Mesmo com bombardeios a cerca de 12km de distância do Circuito de Jeddah, a categoria fez duas reuniões, prometeu permanecer observando a situação e confirmou a realização do GP da Arábia Saudita.
Durante a primeira hora de treinos, era possível ver ao fundo uma nuvem de fumaça preta onde instalações da pretrolífera Aramco foram atacadas por bombas. O grupo houthi, do Iêmen, confirmou a autoria do bombardeio.
Com o ataque, o segundo treino da Fórmula 1 foi adiado para uma reunião entre os chefes das equipes com as autoridades locais, que garantiram a segurança do evento. Em comunicado, a Confederação Saudita de Automobilismo confirmou a realização do GP da Arábia Saudita.
"Estamos ciente dos ataques na estação de distribuição da Aramco, em Jeddah nesta tarde. Permanecemos em contato direto com as autoridades sauditas de segurança, assim como a Fórmula 1 e a FIA, para garantir a implementação de todas as medidas necessárias de segurança aos visitantes do GP da Arábia Saudita, pilotos, equipes e partes interessadas. A segurança e proteção de todos os nossos convidados continuam a ser nossa prioridade máxima, e estamos ansiosos para receber os fãs num fim de semana de corrida e entretenimento de qualidade", diz o texto.
Após as atividades do dia, os chefes das equipes voltaram a se reunir e confirmaram a realização do GP da Arábia Saudita. Pilotos também se reuniram para fechar a questão.
Já na pista, a Ferrari voltou a mostrar força, assim como no treino de mais cedo, com Leclerc, que fez o melhor tempo em 1min30s074. O monegasco ainda bateu com a roda dianteira esquerda no muro, o que o obrigou a encerrar a sessão antes. Max Verstappen, da RBR, ficou em segundo (1min30s214) e Carlos Sainz, da Ferrari, em terceiro (1min30s320).
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.