Max VerstappenAFP
Ao ser perguntado sobre a situação, Verstappen afirmou que Nelson está errado ao utilizar o termo racista, mas defendeu o tricampeão, citando que ele não é preconceituoso.
"Eu acho que a palavra usada, apesar das diferentes culturas e das coisas ditas quando somos mais jovens, não foi correta. Passei um pouco de tempo com Nelson, acho que mais do que a média das pessoas em geral, e ele definitivamente não é racista”, comentou durante a coletiva de imprensa do GP da Inglaterra.
Verstappen também afirmou que não vai conversar com Nelson sobre a situação, e seguiu defendendo que o tricampeão mundial não é racista, apesar de condenar o uso das palavras.
“Eu não vou ligar para ele e falar: ‘ei, cara. Isto não foi legal’. Ele já sabe. Já disse isso no comunicado, acho que ele entende que usou a palavra errada, quem sou eu para ligar para ele? Não acho que vai mudar nada”, seguiu.
“É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui um alvo por minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, enfatizou Hamilton.
A Mercedes também se manifestou oficialmente sobre a linguagem usada por Piquet. "Condenamos nos termos mais fortes qualquer uso de linguagem racista ou discriminatória de qualquer tipo. Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora das pistas. Juntos, compartilhamos a visão de um automobilismo diversificado e inclusivo, e este incidente destaca a importância fundamental de continuarmos lutando por um futuro melhor", disse a equipe.
A FIA também repudiou o acontecimento, dizendo por meio de nota oficial em sua conta no Twitter que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral."
"Expressamos nossa solidariedade a Lewis Hamilton e apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no esporte a motor", finalizou a entidade.
Em um comunicado dirigido à imprensa internacional no dia seguinte à repercussão do episódio, Piquet pediu desculpa a Hamilton, mas alegou “tradução incorreta” do termo racista – utilizado mais de uma vez, vale lembrar. O ex-piloto afirmou que não teve a intenção de ofender e frisou que algumas das traduções que circulam na internet não retratam com exatidão a palavra usada por ele. O brasileiro condenou o racismo, mas alegou que a expressão “neguinho” é “amplamente e historicamente” usada no português coloquial.
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