Presidente da Fifa, Gianni InfantinoCyril NDEGEYA / AFP

Rio - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse que ficou "chocado" ao ler notícias envolvendo agressões físicas e verbais, além de ameaças de morte, a jogadores e familiares - e na maioria das vezes, praticadas por torcedores dos próprios clubes em que eles atuam. De acordo com Infantino, a Fifa está atenta ao problema e está trabalhando para tentar coibir esses atos.
O dirigente não citou nominalmente nenhum caso, mas fez referências que remetem à saída de Willian do Corinthians, ao ataque ao ônibus do Bahia - que deixou o goleiro Danilo Fernandes com uma lesão próxima ao olho - e à invasão do CT do Botafogo por parte de uma organizada do clube.
"Em relação à violência, é especialmente doloroso ver que ela é geralmente direcionada pelos torcedores contra seus próprios times. Fiquei chocado ao ler sobre o caso de um jogador que deixou o clube por causa de ameaças feitas a sua família. Também li sobre ataques aos ônibus das equipes. Torcedores esperando nos aeroportos para insultar seus próprios jogadores, e fãs irritados ilhando os centros de treinamento em razão de alguns resultados", declarou Infantino, em mensagem de vídeo veiculada na manhã desta quarta-feira durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que está sendo realizado na sede da CBF.
"Como o esporte, o futebol nos ensina valiosas lições de vida, sobre ganhar e sobre perder, bem como o respeito às regras, ao juiz e aos seus adversários", pontuou o presidente da Fifa.
Na mesma mensagem, Gianni Infantino elogiou a iniciativa da CBF e da Conmebol de buscarem medidas para coibir a violência e o racismo no futebol. "A Conmebol agiu corretamente ao inserir multas mais severas, mas agora devemos procurar soluções abrangentes", ressaltou.