Museu da seleção brasileira agora conta com uma estátua da Marta. Lucas Figueiredo/CBF

Rio - Maior jogadora da história do futebol brasileiro, Marta ganhou uma estátua no Museu Seleção Brasileira, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. A inauguração aconteceu em evento nesta quinta-feira, em cerimônia que contou com a presença da atleta, além de outras personalidades como o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, a treinadora Pia Sundhage e o técnico Tite.
Outros presidentes de federações também estiveram presentes. Esta foi a segunda estátua de cera a ser instalada no museu, que é o maior acervo de memória da Seleção. A primeira foi a de Pelé. O local ainda passa por algumas melhorias, mas está aberto ao público. O item levou mais de um ano para ficar pronto e foi feito por cerca de 30 artesãos de Londres.
"O mais importante é a homenagem que é dada a minha pessoa, mas no geral ao futebol feminino. É um espaço que está sendo cada vez mais incluído e ficamos felizes que a casa do futebol está dando esse exemplo. Que meus pés não sejam os únicos na Calçada da Fama do Maracanã e nem aqui. Que venha outras mulheres. Que a gente possa trabalhar nesse sentido também. Futebol é amor, paixão, mas inclusão social também", definiu.
Marta já foi eleita a melhor jogadora do mundo em seis oportunidades diferentes e é a brasileira com maior condecorações deste tipo. Ainda é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira, maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo. Ela é uma das grandes representantes da luta da mulher por igualdade e respeito no futebol.
"É uma briga sadia. A gente sabe da nossa responsabilidade, mas nossa briga é através de exemplos. Quem está à frente do futebol brasileiro hoje entende isso, vivemos um cenário bem diferente. É importante a gente usufruir do momento e que possamos progredir, não regredir. É uma responsabilidade grande, mas é muito boa e saborosa. Estamos colhendo frutos do que estamos fazendo há muito tempo", afirmou.
"Não pode ficar só a rainha e o rei. A gente batalha para isso, para fazer história. Nossa história é coletiva. Não existe rei sem rainha. Acho que ele está feliz. Já demonstrou isso desde o primeiro momento que ficou sabendo. Tenho ótima relação com ele, não nos falamos com frequência, mas sempre que temos a oportunidade é uma conversa cordial e verdadeira. Temos que continuar representando o nosso país", completou.
Fora da Seleção por uma lesão no ligamento do joelho, Marta preferiu não dar prazos para retorno, mas garantiu que ainda pensa em vestir a amarelinha. Ela se machucou em março quando atuava pelo Orlando Pride (EUA) e ficou fora da Copa América feminina.
"Não descartei a volta para a Seleção. Tive uma lesão, vai fazer cinco meses agora do pós-cirúrgico, tenho plena consciência que é um trabalho complicado, árduo e difícil, mas com força de vontade e só depende de mim para estar na Seleção com as meninas. Vou seguir meu trabalho e meu caminho. Espero ano que vem estar com elas", finalizou.