Vinicius Junior e Lucas PaquetáLucas Figueiredo/CBF

Rio - Vítima de ofensas raciais por parte de torcedores antes do clássico contra o Atlético, o atacante do Real Madrid, Vinicius Junior recebeu apoio dos companheiros de seleção brasileira nesta segunda-feira. O grupo convocado por Tite, a exceção dos jogadores do Flamengo, Everton Ribeiro e Pedro, e do goleiro do Palmeiras, Weverton, se apresentaram ao CT do Havre Athletic Club, em Le Havre, na França, para iniciar a preparação para os amistosos contra Gana e Tunísia.
O zagueiro Bremer, que defende a Juventus, e é uma das caras novas chamadas por Tite, ressaltou a união do grupo da seleção brasileira e o apoio unânime ao ex-jogador do Flamengo.
"Isso não pode acontecer, no século em que estamos ainda ter racistas. É uma coisa muito ruim, mas o grupo está fechado. Acabei de chegar, mas vi que o grupo está unido, isso nos fortalece ainda mais pelo nosso objetivo", disse.
Já Ibañez, que enfrentou Vinicius Junior nos tempos em que defendia o Fluminense, também saiu em solidariedade ao ex-rival. Ele afirmou que não consegue saber como o atacante se sentiu, por não ser negro.
"São episódios que não deveriam mais existir, é bem difícil, eu não tenho como comentar porque nunca sofri disso. Imagino que da parte dele escutar ofensas dessa maneira é bem difícil, mas aqui na Seleção está todo mundo junto, unido, procurando se divertir e estar concentrado no objetivo. Ele (Vini Júnior) está levando muito bem isso, lógico que são coisas complicadas de falar. Estamos em um século em que não deveria mais ter esse tipo de coisa, temos que andar para frente sempre", afirmou.