A família de Éder Jofre, que faleceu no início deste mês, doou o cérebro do ex-pugilista para estudos sobre demência. O "Galo de Ouro" convivia com encefalopatia traumática crônica, tipo de demência causado pelo impacto das lutas na cabeça. A lenda do esporte morreu aos 85 anos, por conta de complicações de uma pneumonia, em Embu das Artes, município de São Paulo.
A vontade de doar veio do próprio Éder. Quando estava vivo, ele comentou com o seu neurologista, Renato Anghinah, que ficou desapontado com a decisão de Muhammad Ali. Considerado por muitos o maior pugilista de todos os tempos, o norte-americano morreu em 2016 e preferiu não fazer a doação.
O cérebro do ex-pugilista brasileiro foi levado para o laboratório de medicina da Universidade de São Paulo (USP) após o procedimento de remoção do órgão, realizado pelo neurologista.
Os filhos do atleta disseram que o pai se considerava um doador de órgãos e achava importante realizar a ação após a morte.
Éder Jofre encerrou a carreira em 1976, sendo considerado o melhor peso-galo da história do esporte na era moderna. O ex-pugilista venceu 72 lutas, sendo 50 por nocautes, além quatro empates técnicos e somente duas derrotas.
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