Copa do Mundo do Catar será disputada entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembroDivulgação

A ONG americana Human Rights Watch (HRW) emitiu um relatório nesta segunda-feira denunciando casos de violência contra pessoas LGBTQIA+ no Catar, sede da próxima Copa do Mundo. A instituição cobra que a Fifa pressione o país árabe para garantir proteção aos membros da comunidade.
A HRW informou que o Departamento de Segurança Preventiva do Catar prendeu pessoas LGBTQIAP+ de maneira arbitrária e as submeteu a tratamento inadequado. A homossexualidade é considerada crime no país árabe.
A ONG relatou que entre 2019 e 2022 ocorreram seis casos de agressões por parte da polícia do Catar, sendo cinco deles com abuso verbal e físico durante o encarceramento das pessoas da comunidade.
"Enquanto o Catar se prepara para receber a Copa do Mundo, forças da segurança estão abusando de pessoas LGBT simplesmente por serem quem são, aparentemente confiantes de que o abuso não vai ser reportado e checado - disse a pesquisadora da HRW Rasha Younes.
A ONG entrevistou pessoas LGBTQIAP+ que sofreram abusos no país árabe e coletou diversos relatos de violência.
"O Governo deve tomar medidas imediatamente contra esse abuso e a Fifa deve puni-lo para garantir uma reforma de longo prazo que proteja as pessoas LGBT de discriminação e violência", cobrou Rasha.