A exemplo de Maricá, Guapimirim poderá dar um grande passo em mobilidade urbana, com bicicletas gratuitas à população
O município sofre com escassez de ônibus municipal
O uso das "bikes" é gratuito e pode ser solicitado por aplicativo de celular - Marcos Fabrício / Prefeitura de Maricá / Divulgação
O uso das "bikes" é gratuito e pode ser solicitado por aplicativo de celularMarcos Fabrício / Prefeitura de Maricá / Divulgação
Por O Dia
Guapimirim, na Baixada Fluminense, poderá dar um grande passo em prol do meio ambiente e da mobilidade urbana: o município poderá disponibilizar o uso gratuito de bicicletas para a população. O tema está em análise. No último dia 21 de junho, a prefeita de Guapimirim, Marina Rocha, se reuniu com representantes da Prefeitura de Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, entre eles o vice-prefeito Diego Zeidan, para conhecer o projeto que já existe nessa cidade.
As “Vermelhinhas”, como foram apelidadas pelos moradores de Maricá, por causa da cor vermelha, foram lançadas em março deste ano. Não há custo para os moradores, que poderão solicitar as “bikes” por aplicativo de celular. De segunda a sexta-feira, é possível usá-las por até uma hora. Já nos fins de semanas, por até duas horas. Para utilizar novamente essa modalidade de transporte, é preciso esperar por pelo menos 15 minutos até que o sistema libere novamente. Elas estão disponíveis em 10 estações, têm GPS e integram a Empresa Pública de Transportes (EPT), que também disponibiliza ônibus grátis para a população por meio do programa Tarifa Zero.
Além de dar um grande passo em prol da mobilidade urbana, Guapimirim poderá dar um passo para reforçar seu compromisso com a proteção à natureza. Quase 80% de seu território estão em áreas de proteção ambiental (APAs). O município é beneficiado com o ICMS Ecológico, um recurso disponibilizado às prefeituras que atuam em proteção do meio ambiente a partir da arrecadação estadual do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).
Escassez de ônibus x Mobilidade urbana
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Apesar de ter um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,698, Guapimirim sofre com uma grave crise de mobilidade urbana. Só existe uma única empresa de ônibus municipal, a Paraíso Verde, que atua há mais de duas décadas, com uma passagem cara de R$ 3,70. A frota de pouco mais de 20 carros não consegue atender o município todo. Um exemplo disso é a dificuldade que os moradores de bairros como Vale das Pedrinhas, Várzea Alegre e Vila Olímpia têm para ir até o Centro de Guapimirim. Há uma grave escassez de linhas e de veículos. Ao longo de duas décadas, nenhum dos prefeitos que ocupou o cargo quis assumir para si o ônus de resolver esse problema.
A demanda é suprida pela Reginas, uma das duas empresas intermunicipais que atua na cidade, além do transporte alternativo intermunicipal. Por falta de ônibus municipal, muitos moradores são obrigados a pagar passagens mais caras para conseguirem transitar dentro de Guapimirim. Isso reforça o quanto a população é dependente de empresas intermunicipais.
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O IDH é índice utilizado pelas Nações Unidas (ONU) para medir a qualidade de vida da população, levando em conta educação, longevidade, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita – por pessoa – e o poder de compra da moeda de determinado país.
O IDH vai de zero a um. Um índice totalmente zerado significa que não há nenhum desenvolvimento. Um IDH até 0,499 quer dizer que o desenvolvimento humano é extremamente baixo. Já um IDH entre 0,5 e 0,799 mostra um desenvolvimento humano médio. É nessa faixa que se encontra Guapimirim. Já um índice entre 0,8 e 1 sinaliza que o desenvolvimento de determinada localidade é alto.
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Em relação aos 92 municípios fluminenses, Guapimirim está em 59º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano. Já em nível nacional, em 1.969º lugar, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No estado do Rio de Janeiro, Niterói é a cidade com o melhor IDH, 0,837. Em segundo lugar está o Rio, com 0,799. No país, São Caetano do Sul, em São Paulo, possui o melhor índice: 0,862.
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