Posto da PRF em Itaguaí, no km 399 da Rio-Santos: policiais têm apreendido vários veículos com adulteração na identificação
Posto da PRF em Itaguaí, no km 399 da Rio-Santos: policiais têm apreendido vários veículos com adulteração na identificaçãoDivulgação - PRF Itaguaí
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ – Dois casos em um intervalo de poucos dias, e alguns casos no mês. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Itaguaí já notou que a situação tem se repetido: venda de veículos com adulteração na identificação têm sido um grande problema para consumidores desavisados. A fim de evitar essa terrível dor de cabeça, a PRF orienta o melhor procedimento para que a pessoa que compre um veículo não tenha a desagradável surpresa de descobriu que contribuiu para uma ilegalidade.
No dia 8 de abril, agentes da PRF pararam no posto da Rio-Santos, no quilômetro 399, um Ford Focus branco. A placa no veículo era uma, no sistema de consulta de informações, era outra. O motorista disse aos policiais que comprou o veículo dando em troca seu Sentra e mais R$ 17 mil. Ele foi enganado: comprou um carro possivelmente roubado sem saber.
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A mesma coisa aconteceu com o Hyndai Creta, cor preta, apreendido no último dia 12. O motorista mostrou documentos, mas os sinais indicadores apontaram que aquele carro não era condizente com a placa que ostentava. Resultado: havia um registro de roubo na 26ª DP, feito em fevereiro deste ano. O motorista contou aos policiais que pagou R$ 80 mil no carro.
Hyndai Creta, cor preta, adulterado e comprado por 80 mil: prejuízo pode ser grande para o consumidor - Divulgação - PRF Itaguaí
Hyndai Creta, cor preta, adulterado e comprado por 80 mil: prejuízo pode ser grande para o consumidorDivulgação - PRF Itaguaí
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COMPRAR COM SEGURANÇA
O chefe da Delegacia da PRF no Rio de Janeiro, Rodrigo Dias Moreira, disse que esse tipo de ocorrência aumentou bastante nos últimos tempos, e que o consumidor precisa ter cuidado ao adquirir um veículo: “É importante que a pessoa, ao pensar em adquirir um carro, o faça com segurança. É preciso desconfiar de valores que não condizem com o mercado, e avaliar bem de que maneira a transação é feita”.
Moreira explicou que todas as ocorrências na PRF de Itaguaí com problema de adulteração tiveram como ponto coincidente o fato de que os compradores dos veículos usaram sites de compra e venda para realizar as transações. Não se pode afirmar, contudo, que todas as operações desses sites são inseguras, mas que os casos constatados na PRF tiveram isso em comum.
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O chefe da PRF disse também que não houve registro de carros clonados em compra realizada em agências autorizadas das montadoras de automóveis. “Além de prestar atenção no ambiente da transação, o comprador também pode, caso queira desembolsar uma quantia, contratar uma empresa especializada em identificação veicular para poder realizar a compra com segurança”, sugeriu ele.
INQUÉRITO E ADVOGADO
Quem comprou um carro com identificação adulterada, além de ver o dinheiro que investiu se esvair, vai ter que provar que não agiu de má fé, porque a lei prevê crime de receptação, que pode ser culposa ou dolosa. Abre-se um inquérito, e, mediante as provas e a defesa do comprador, a investigação pode apontar ou não participação no crime. Uma dor de cabeça e tanto, porque vai ter que contratar um advogado (gastar mais dinheiro) e, obviamente, ficar sem o carro (apreendido pela polícia).
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Portanto, na hora de adquirir um veículo, é bom ser conservador e fazer como antigamente: ver o veículo ao vivo, consultar sua procedência, desconfiar caso o valor seja abaixo do usual e, como sempre, usar o bom senso.
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