No encontro, a prefeita Fátima Pacheco ressaltou que após anos de luta o Brasil ainda nega o racismo.
No encontro, a prefeita Fátima Pacheco ressaltou que após anos de luta o Brasil ainda nega o racismo.Foto: Divulgação.
Por Bertha Muniz
QUISSAMÃ - A Roda de Conversa "Memória e Racismo no Brasil", realizada na noite desta segunda-feira (31) no Casa de Artes Machadinha, fechou a programação em comemoração pelo 13 de Maio, organizada pela prefeitura de Quissamã através da Secretaria Municipal de Cultura.

Com mediação da secretária de Cultura Kitiely Freitas, o evento foi transmitido em live com a participação da prefeita Fátima Pacheco; da escritora e mestra em educação, Nágila Oliveira; do especialista em arte educação e em relações étnico-raciais e diretor da E.M. Tânia Regina, Edwilson Andrade; e a quilombola Janaína Pessanha. A Roda de Conversa teve apresentação das oficinas da Machadinha e de jongo.
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Durante o bate-papo - a íntegra está disponível no Facebook da Prefeitura de Quissamã- foram abordados pontos como o racismo na escola, bullying, lei de cotas, o dia a dia do negro, violência, o 13 de Maio, 20 de Novembro, protagonismo negro, dentre outros. A prefeita Fátima Pacheco relembrou casos recentes de racismo, inclusive da abordagem policial a um ciclista negro em Goiás e ressaltou que após anos de luta o Brasil ainda nega o racismo.

"Tive a oportunidade de ir à Alemanha e vi que o país sente vergonha do massacre promovido pelo holocausto. Diferente da Alemanha, no Brasil percebemos que há uma negação do racismo, da escravidão e muitas das vezes tentam colocar como uma questão pronta. Como se as pessoas nascessem escravas. Essa negação faz com que a situação se perpetue. Cabe a todos nós efetuarmos o debate permanente sobre a situação da população negra no Brasil, que agora é a mais penalizada com a pandemia", frisou Fátima Pacheco.