Rio - Poucas horas depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), 38, outro crime envolvendo mais um político da Câmara dos Vereadores, também do Psol, aconteceu bem próximo ao local da morte da socióloga, no Estácio, na região central da cidade. O vereador Renato Cinco, 43, quase teve seu carro roubado quando foi abordado por quatro criminosos.
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Segundo a assessora dele, Renata Stuart, eram 2h30, quando o político estava deixando uma vigília em homenagem a Marielle, na Lapa, e seguia para casa, na Tijuca. Na esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, onde a vereadora foi alvejada com tiros na cabeça, um carro fechou o veículo em que o parlamentar e a namorada estavam. Era ela quem dirigia o automóvel.
O vereador chegou a pensar que seria mais um caso de assassinato parecido com o da colega. "Ele achou que fosse execução. Mas, diante das circunstâncias de se tratar de uma assalto, ficou até aliviado", conta Renata.
Ainda de acordo com a assessora do vereador, Renato teve uma arma apontada para a sua cabeça e teria pedido para a namorada entregar tudo. Os bandidos levaram os celulares e as carteiras dos dois e chegaram a pedir para que eles saíssem do carro.
No entanto, a chave do veículo estava quebrada na ignição desde a saída deles da Lapa. "Os criminosos pediram o código para andar com o carro, mas a namorada não tinha para passar. Os dois, então, deixaram o local, andando, em zigue-zague, com medo de serem alvejados".
Renato e a namorada conseguiram pegar uma carona com um automóvel que passava nas proximidades. Mas eles perceberam que os criminosos não levaram o carro e voltaram até o veículo, seguindo para a Tijuca.
A assessoria informou que Renato não quer falar sobre o caso. Ele ainda não fez a ocorrência do assalto, pois esteve envolvido até então com a repercussão da morte de Marielle. O vereador pretende fazer o boletim de ocorrência nesta sexta-feira.