Rio - Famosos e intelectuais usaram as redes sociais para lamentar a morte da vereadora Marielle Franco (Psol). A ativista de direitos humanos, de 38 anos, e o motorista dela, Anderson Pedro Gomes, foram brutalmente assassinados, na noite desta quarta-feira, no Estácio, na Região Central do Rio.
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Marielle nasceu e foi criada no Complexo da Maré. Era socióloga e foi eleita vereadora da Câmara do Rio, em 2016, com 46.502 votos. Foi a quinta candidata mais votada na primeira eleição que disputou. Aluna do Pré-Vestibular Comunitário da Maré, ela cursou a PUC-Rio com bolsa integral.
Depois de se formar, a vereadora fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). A militante se apresentava como “mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré”. Ela deixa uma filha de 19 anos.
Em vídeo, Caetano Veloso publicou uma homenagem em forma de música. Ele interpretou sua música "Estou Triste". Já Elza Soares, disse em publicação que lhe faltava voz. "Chocada. Horrorizada... Toda morte me mata um pouco. Dessa forma me mata mais. Mulher, negra, ativista, defensora dos direitos humanos. Marielle Franco, sua voz ecoará em nós. Gritemos!", escreveu a cantora.
O autor de novela, Walcyr Carrasco, relembrou o histórico de lutas e a origem da vereadora. "Mulher, negra, defensora dos direitos humanos. O assassinato da vereadora Marielle Franco é uma tristeza, uma revolta. Como podemos permitir mortes como esta no país?", lamentou. A filósofa Djamilla Ribeiro disse estar de luto. "Estou sem palavras hoje, meu peito dói, não consegui dormir, estou cansada de ver a gente ser escudo", desabafou a intelectual.