Rio - A Intervenção Federal no Rio de Janeiro, que começou em meados de fevereiro, tem apoio da maioria da população brasileira (75%), é o que aponta pesquisa conduzida pela Ipsos, realizada na primeira quinzena de março. A aprovação é maior ainda nas regiões Norte e Nordeste (ambas com 83%) e Centro-Oeste (81%). Apenas dois em cada dez entrevistados no Brasil todo (18%) se posicionou contra a ação. No Sul, esse número sobe para 33%.
"A violência é tida como um dos cinco maiores problemas enfrentados pelos brasileiros, segundo nosso monitoramento mensal de opinião pública, o Pulso Brasil. Além disso, houve muita exposição de cenas de criminalidade e violência durante o Carnaval, um pouco antes da intervenção ser anunciada e esses dois fatores contribuem para a alta aprovação da medida neste primeiro momento", comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos.
Para 56% dos entrevistados, a intervenção federal resolveria o problema de segurança pública do Rio. Entre os mais otimistas estão moradores do Centro-Oeste (78%) e Nordeste (74%). Só na região Sul, há uma opinião divergente, a maioria (55%) acredita que a ação tende a não resolver o problema.
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Seis em cada dez entrevistados (64%) se declaram a favor do Governo Federal intervir na segurança pública do seu estado, caso seja necessário. O índice é mais alto no Norte (80%), Nordeste (72%) e Centro-Oeste (71%). Novamente, o Sul aparece como a região menos favorável a esse tipo de medida, embora dividido (47% apoiaria e 46% não apoiaria).
Apesar da maioria esmagadora apoiar a intervenção, quase metade dos brasileiros (46%) desconhece a criação do Ministério da Segurança Pública, no final de fevereiro, para coordenar e promover a integração da segurança pública em todo país, em cooperação com os estados e Distrito Federal. Os que têm conhecimento sobre o novo órgão são 53% da população.
O estudo também perguntou quem são os que mais ganham com a intervenção. "O cidadão do Rio" ficou em primeiro lugar, com 33%, seguido por “"o presidente Michel Temer", com 18%, e "os mais pobres", com 15%. Quando a questão é quem mais perde, "o crime organizado" lidera com 53%. "Os mais pobres" aparecem em segundo lugar com 13%.
A pesquisa entrevistou presencialmente 1.200 pessoas em 72 cidades do Brasil de 1º a 13 de março e integra o estudo Pulso Brasil realizado mensalmente pela Ipsos. A margem de erro é de três pontos percentuais.