O contraventor foi preso pela 4ª Vara  Criminal Federal do Rio - Arquivo / Agência O Dia
O contraventor foi preso pela 4ª Vara Criminal Federal do RioArquivo / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - O contraventor Rogério de Andrade, patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, foi preso na tarde desta quarta-feira, na 4ª Vara Federal Criminal do Rio. Segundo informações da Justiça Federal, Rogério foi intimado a depor em um processo no local e, quando entrou no prédio, foi preso. O contraventor foi condenado a 10 anos de prisão, por corrupção ativa, em 2009.

A decisão foi assinada nesta quarta pelo juiz federal Gabriel Borges Knapp, que determinou a expedição de mandados de prisão para Rogério e outros quatro réus. O processo é referente à operação Gladiador, de dezembro de 2006, que investigou o pagamento de propina a policiais por chefes das máfias caça-níquel.

A decisão desta quarta-feira alterou o tamanho da pena de uma sentença que havia condenado Rogério e outros dez réus em 2009. Após a sentença, os réus recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o recálculo da pena dos acusados somente quanto ao crime de formação de quadrilha.

Rogério foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito e, em seguida, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Procurada pelo DIA, a Mocidade informou que 'Rogério é um grande torcedor da escola. Não tem cargo oficial e nem vínculo empregatício com a agremiação'.

Três atentados nos últimos anos

Como publicado pelo DIA em fevereiro, o contraventor andava longe dos holofotes. O motivo seria a existência de planos para assassiná-lo, além de seus problemas com a Justiça. Em setembro, ele afirmou ter sofrido um atentado no Itanhangá, ação que deixou sua esposa ferida. Por conta disso, Rogério esteve ausente dos desfiles da Sapucaí no Carnaval e não prestigiou a Mocidade, escola cujo cofre é irrigado por ele.

Rogério já sofreu três atentados nos últimos anos: em 2017, 2010, e 2001. No atentado de 2010, seu filho Diogo Andrade, de 17 anos, e um segurança morreram. Também por conta de um atentado, teve que passar por uma cirurgia de reconstituição da face.

Você pode gostar