Em abril, explosão na CSN assustou moradores e trabalhadores, embora não tenha deixado ferido - Whatsapp O DIA (21) 98762-8248
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Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Um acidente nesta tarde, no interior da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), deixou o metalúrgico Daniel Silvério Bragança, de 34 anos, em estado grave. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e informou que o acidente ocorreu durante uma atividade de manutenção na área de Laminação a Frio.

"Houve um curto circuito em um transformador, o que ocasionou queimaduras no colaborador. Neste momento, ele está sendo atendido no Hospital das Clínicas de Volta Redonda. Seu estado de saúde é considerado grave", ressaltou o texto, garantindo que a CSN está prestando todo auxílio ao funcionário e sua família e que as causas do acidente estão sendo investigadas.

Acidentes envolvendo empregados da CSN vem sendo alvos de críticas de sindicalistas da oposição sindical, que desde o início do ano pedem aos órgãos de fiscalização e prevenção de acidentes, além de agentes da Justiça e de defesa do Meio Ambiente, fiscalização mais rigorosa nas áreas de produção da Usina Presidente Vargas (UPV). A intenção é prevenir ocorrências de mortes e acidentes que, segundo registros, vêm se repetindo com mais frequência no interior da Usina Presidente Vargas, principalmente a partir de 2015.

Em meados de abril, pela segunda vez num espaço de 20 dias, um incidente de grandes proporções assustou a cidade, com estrondo, densa fumaça e fogo. Não houve feridos. Na ocasião, a CSN esclareceu que uma falha mecânica em um dos quatro regeneradores do Alto-Forno 3, provocou um incidente. E que não havia trabalhadores no local naquele momento.

Sindicalistas cobram a volta do Programa Acidente Zero (PAZ) , extinto com a privatização da CSN, em 1993. Antes, uma comissão que integrava trabalhadores, líderes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), e representantes do sindicato, tinha acesso a todo o processo de produção dentro da empresa. A comissão, inclusive, tinha autonomia para acionar o Ministério Público, fiscais do Ministério do Trabalho e até a polícia, se fosse necessário, e parar equipamentos que apresentavam sinais de problemas. Solicitado pelo DIA, a CSN não informou a quantidade de operários feridos em acidentes este ano. 

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