Ronnie Lessa (E) perdeu a perna esquerda em atentado. Já Élcio Queiroz foi expulso da PM em 2015 - Divulgação
Ronnie Lessa (E) perdeu a perna esquerda em atentado. Já Élcio Queiroz foi expulso da PM em 2015Divulgação
Por RENAN SCHUINDT

Rio - O Disque Denúncia já registrou oito ligações sobre outros crimes praticados pelo PM reformado Ronnie Lessa e pelo ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusados de participação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março do ano passado. A entidade já contabiliza 252 denúncias que podem levar aos mandantes do crime, uma média de 21 informações por mês. A primeira delas, aliás, chegou ao órgão na manhã seguinte ao duplo homicídio.

A informação sobre o envolvimento em outros crimes dos acusados, presos na manhã desta terça-feira, não chega a ser uma novidade. Um dos seguranças do contraventor Rogério Andrade, Ronnie teve a perna esquerda amputada após sobreviver a um atentado em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, em outubro de 2009. Ele estava dentro de um carro que explodiu após o acionamento de um dispositivo via celular. No ano seguinte, o filho do bicheiro morreu ao ser vítima de um atentado semelhante.

Em uma operação organizada pela Delegacia de Homicídios em uma residência no Méier, na Zona Norte do Rio, os policiais da especializada encontraram um paiol com dezenas de armas desmontadas, incluindo peças para fuzis, e munições. O material estava em várias caixas escondidas em guarda-roupas. O alvo seria ligado ao policial militar reformado Ronnie Lessa. "Dá para fazer muito fuzil", disse um dos agentes que participou da apreensão.

Segundo o Ministério Público, Ronie e Élcio seriam amigos de longa data. O sargento reformado é apontado como o responsável por efetuar os disparos. Já o ex-militar é acusado de conduzir o veículo usado na ação.

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