Problemas na qualidade da água da Cedae geraram danos a cerca de nove milhões de consumidores abastecidos pelo Rio Guandu - Philippe Lima/divulgação
Problemas na qualidade da água da Cedae geraram danos a cerca de nove milhões de consumidores abastecidos pelo Rio GuanduPhilippe Lima/divulgação
Por O Dia
Rio - Policiais da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) estiveram, no início da manhã desta terça-feira, na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A ida dos agentes aconteceu menos de um dia depois que a Cedae anunciou a interrupção do funcionamento da ETA por causa da presença de detergente na água
De acordo com a Polícia Civil, a DDSD esteve em Guandu para acompanhar a coleta de amostras de água feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na estação.
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"De acordo com o resultado das análises, poderá ser apurada eventual responsabilidade nas alterações das condições de consumo da água na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro", a polícia disse, em nota.
INVESTIGAÇÃO
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A DDSD já esteve em Guandu em outras duas ocasiões, durante as investigações sobre um possível envolvimento externo na qualidade da água da Cedae. Vários funcionários da companhia, dentre eles o presidente Hélio Cabral, chegaram a ser ouvidos no inquérito aberto pela Polícia Civil.
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A crise hídrica que culminou com uma investigação policial começou no início de janeiro, quando moradores da capital e da Baixada começaram a reclamar que a água que chegava às casas deles estava barrenta e com cheiro ruim. Depois da reclamação, a Cedae informou que técnicos da companhia detectaram a presença de geosmina (substância orgânica produzida por algas) na água e que ela não representa nenhum risco à saúde dos consumidores.
Para resolver o problema da geosmina, a companhia passou a usar, desde o dia 23 de janeiro, carvão ativado purificado no tratamento da água da estação de Guandu. A Cedae também começou a despejar argila ionicamente modificada na lagoa próxima à captação de água. A medida é para diminuir a proliferação das algas que liberam a geosmina.