Polícia identifica código de Flordelis para dar início a plano de assassinato
Início da ação teria ocorrido às 3h03 do domingo, dia 16 de junho de 2019, quando a parlamentar mandou uma mensagem para a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva, presa na segunda-feira
Por O Dia
Rio - A deputada federal Flordelis utilizou um código para dar início ao plano de assassinato do pastor Anderson do Carmo. O sinal foi identificado pela polícia, segundo o programa 'RJTV2' da TV Globo.
Galeria de Fotos
Polícia identifica mensagem de Flordelis como código para que plano de assassinato fosse iniciado
Reprodução/ TV Globo
O filme da deputada Flordelis está um tanto queimado, após ela ser acusada de matar oi próprio marido, contrariando os princípios de Deus
Reprodução
Andrea Santos Maia, mulher do ex-PM Marcos Siqueira Costa
Cleber Mendes / Agência O DIA
Preso em operação sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo nesta segunda
Anderson Justino
Simone dos Santos Rodrigues foi pesa nesta segunda
Anderson Justino / Agência O DIA
Filhos da deputada foram presos durante operação da Polícia Civil. Investigações apontam que parlamentar é mentora do crime
Anderson Justino / Agência O DIA
Flordelis e o pastor Anderson do Carmo
Arquivo Pessoal
Acusada de mandar matar o marido, Flordelis pode perder mandato
Divulgação / Câmara dos Deputados
Flordelis e pastor Anderson
Reprodução redes sociais
Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos de Souza, filhos do casal, vão ser julgados como executores do crime
Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói foram à casa do chefe de gabinete de Flordelis
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O início da ação teria ocorrido às 3h03 do domingo, dia 16 de junho de 2019, quando a parlamentar mandou uma mensagem para a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva, presa na segunda-feira (24).
A mensagem consistia na frase: 'Oito e quinze me chama'. Anderson estava morto 30 minutos após o envio.
A polícia verificou pelo celular apreendido, que Marzy estava acordada neste momento, e a partir da mensagem, acionou Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, apontado como autor dos disparos. Flávio foi preso no ano passado, durante o velório da vítima.
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Flordelis foi indiciada na segunda-feira como mandante do assassinato do próprio marido, Anderson do Carmo, em junho do ano passado. Seis familiares da deputada foram presos, Marzy foi uma delas, e 14 mandados de busca e apreensão sobre a morte do líder religioso foram cumpridos na casa da parlamentar, em Niterói, e em outros endereços ligados à ela, em São Gonçalo, na capital, e até mesmo Brasília.
Marzy fez buscas por assassino na internet
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Marzy Teixeira fez buscas na internet que a levassem a encontrar uma pessoa para realizar o crime de matar o pastor Anderson do Carmo, de 42 anos.
De acordo com informações do portal G1, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) apontaram que Marzy realizou pesquisas no Google de termos que a fizesse encontrar alguém para executar o serviço:
- "Assassino onde achar" - "Alguém da barra pesada" - "Barra pesada online"
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Ainda segundo as investigações, Marzy também procurou por venenos.
- "Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar" - "Cianeto de cobre"
Marzy, em depoimento, confessou que procurou Lucas César dos Santos, filho adotivo do casal e preso, para contratá-lo para assassinar o padrasto.
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Flordelis não pode ser presa pela Polícia Civil por imunidade parlamentar. Uma cópia do inquérito da DHNSGI será encaminhado para a Câmara dos Deputados. O procedimento poderá levar ao afastamento da parlamentar para que ela possa ser presa.
A polícia apontou que Flordelis planejou toda a execução do marido. Antes mesmo de Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos biológicos da evangélica, atirar contra o líder religioso, ela chegou a procurar um pistoleiro para praticar o crime.
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As investigações apontaram que a ideia de matar o pastor Anderson surgiu em 2018, antes de Flordelis ser eleita deputada federal. De lá pra cá, a família tentou envenená-lo diversas vezes.
"Identificamos que não se tratava de uma família normal. Concluímos que se tratava de uma quadrilha criminosa que tinha um único objetivo: eliminar o pastor Anderson do Carmo. O objetivo da deputada era chegar à Câmara e logo depois descartar o marido como um objeto qualquer", destacou o delegado.
Crime
O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a esposa, em Pendotiba. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações de bala.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18, adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirma o MPRJ.