Rio - O corpo do contraventor Fernando Iggnácio,
assassinado na última terça-feira em um heliponto no Recreio, será enterrado nesta quarta, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, às 16h30. A perícia esteve no local do crime na terça-feira e recolheu projéteis - todos do mesmo calibre - e verificou que pelo menos cinco tiros acertaram Iggnácio, outros cinco disparos atingiram a lataria da picape blindada do contraventor. Os policiais continuam as diligências para esclarecer o caso.
A perícia descobriu que a arma utilizada no crime foi o fuzil de fabricação russa AK47, calibre 7.62, comum entre facções de tráfico de drogas no Rio. Antes, a Polícia Civil havia
divulgado que os disparos eram de calibre 5.56, que tem um potencial menor.
Os disparos, segundo investigações,
foram efetuados de uma distância de cerca de cinco metros. Os
investigadores analisam cerca de 64 imagens do circuito de segurança do estacionamento da empresa de táxi aéreo para localizar por onde os assassinos chegaram no terreno.
A esposa de Fernando Iggnácio, que estava presente no assassinato, é esperada nesta quarta-feira para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ela estava junto com Iggnácio e chegou a presenciar o homicídio, mas correu logo em seguida para o helicóptero, que decolou novamente.
Ainda na terça-feira, a DH ouviu ao longo da noite depoimentos de três testemunhas, entre eles funcionários do heliponto. Nesta quarta-feira, é esperado, além da esposa, o piloto que levou Iggnácio de Angra dos Reis até a Barra.
De acordo com a polícia, Iggnácio sempre andava escoltado por cerca de oito seguranças, mas na hora do crime nenhum deles acompanhava ele.