Segundo as investigações, Márcio, seria um dos principais seguranças do bicheiro Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, e antigo rival de Iggnácio.
Agentes da DHC investigam também a possibilidade do PM reformado ter contratado os quatro matadores de Fernando Iggnácio. Um deles, o cabo Rodrigo Silva das Neves, foi preso no mês passado, na Bahia. O PM de São Paulo Otto Samuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, o ex-PM Pedro Emanuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, irmão de Otto, e Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa, continuam foragidos, e há suspeitas de que possam ter fugido para o Paraguai.
O contraventor voltava de uma viagem à Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, e, ao desembarcar, foi atingido por vários tiros na cabeça quando caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio, no dia 10 de novembro do ano passado.
Antes de ser morto, Fernando Iggnácio seguiu à risca um hábito adotado sempre que viajava de helicóptero com a esposa Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio, filha de Castor de Andrade, morto em 1997. Depois de voltar de Angra dos Reis (RJ), ele desembarcou sozinho, foi conduzido em um veículo elétrico até o estacionamento e deu os últimos passos até o seu carro após percorrer cerca de 100 m, onde foi baleado.
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Os atiradores estavam atrás de um muro, a menos de 5 m de distância da vítima. O bicheiro costumava descer do helicóptero da família sozinho e voltar de carro até a área da aterrissagem para buscar a esposa e a bagagem.
A mulher de Fernando Iggnácio estava no helicóptero com o marido, mas conseguiu escapar dos disparos. Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio chegou a desembarcar da aeronave com o marido mas, quando ouviu os tiros, voltou correndo para o helicóptero, que decolou de novo e pousou em um condomínio no Recreio.