Mãe e filho são intubados juntos e apenas um consegue vaga em UTI
Taxa de ocupação das UTIs em todo o Estado já chega a 88,7%
Rio - Apenas através de uma ordem judicial o aposentado Adriano Viana conseguiu uma vaga de UTI para o cunhado Alexsandro Lacerda Monteiro, de 44 anos, portador de hidrocefalia e deficiência locomotora lateral, que estava intubado com covid-19, na enfermaria do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Já a mãe de Alexsandro, Marli Maria de Lacerda Monteiro, de 78 anos, que havia conseguido tomar apenas a primeira dose da vacina segue sem leito. De acordo com dados do Portal Covid Rio, do município, a taxa de ocupação de leitos SUS na capital está em 97% na UTI e 82% na enfermaria. Ao todo, 122 pessoas esperam por um leito na cidade do Rio.
"Fomos no Ministério Público e na Defensoria Pública, lá eles emitiram um ofício exigindo um laudo técnico para que o Alberto Torres cedessem uma vaga na UTI. Só hoje recebemos a notícia de que o Alexsandro tinha conseguido uma vaga, mas a dona Maria continua na enfermaria", contou.
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Marli Maria é um dos 528 pacientes que aguardam uma vaga em UTI no Rio de Janeiro. De acordo com um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, já são 3.201 casos de coronavírus confirmados e 88,7% de ocupação das UTIs em todo o Estado. Nas enfermarias a taxa de ocupação chega a 77,2%. Hoje, um paciente infectado pode esperar mais de 15 horas aguardando por um leito em uma Unidade de Tratamento Intensivo.
Além disso, também houve um aumento de 67% na média móvel de mortes por covid-19 em relação a duas semanas, com 127 óbitos por dia. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), na terça-feira, foram registrados 151 óbitos e 3.201 novos casos. O Rio já soma 626.661 casos confirmados da doença. Pela primeira vez, o Brasil registrou mais de 3 mil mortes por coronavírus em 24h, com 3.251 óbitos.
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O Governador interino Cláudio Castro montou um comitê de enfrentamento à pandemia no último dia 12 e liberou a compra de 5 milhões de doses da vacina. A Pfizer, no entanto, negou a venda ao Estado com a justificativa de que não poderia atender mais uma demanda para o Brasil, já que a farmacêutica já está em negociação com o Governo Federal.
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